Santa Casa de Lisboa vai propor fim da internacionalização dos jogos sociais ao Governo
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai propor ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social o fim da internacionalização dos jogos sociais, anunciou hoje o provedor, segundo o qual o plano de desinvestimento será apresentado em janeiro.
Paulo Sousa contou aos deputados da Comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão que quando chegou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), em maio, encontrou “uma operação quase desfeita” no que diz respeito à internacionalização dos jogos sociais, com exceção da operação em Moçambique.
“Está em conclusão um plano de desinvestimento nos jogos internacionais que será apresentado à tutela no mês de janeiro. Depois de recolhidos todos os pareceres jurídicos que entendemos ser convenientes para uma realidade tão complexa como esta, aquilo que será seguramente proposto, e veremos se será sancionado é, de facto, proceder à saída de um conjunto de operações que, do ponto de vista estratégico, não nos fazem sentido”, disse o provedor.
Acrescentou que, neste momento, há três sociedades que estão em fase de processo de liquidação final, duas na América Latina e uma em Moçambique.
Sobre Moçambique, Paulo Sousa explicou que tinha sido criada no país uma sociedade chamada Santa Casa Global Moçambique, que “não fazia sentido existir”, uma vez que a SCML tinha há mais de 20 anos uma participação na SOJOGO.
“Era perfeitamente suficiente para desenvolvermos a nossa atividade nesse mercado”, sublinhou.
Destacou que a administração da SCML está a implementar um plano de reestruturação que “é complexo e exigente” e “seguramente diferente daquilo que na Santa Casa gostariam que fosse”, mas sublinhou que “não havia muito diferente a fazer, a não ser arregaçar as mangas e concretizar o que tem de ser feito”.