Saída de CEO coloca Galp na mira de investidores internacionais
A saída inesperada de Filipe Silva da liderança da Galp Energia, o quarto CEO a deixar o cargo desde que Paula Amorim assumiu a presidência do conselho, aumentou as especulações sobre uma possível operação de fusão e aquisição.
O Royal Bank of Canada (RBC) aponta a petrolífera portuguesa como um alvo atrativo, destacando a Chevron como o potencial comprador mais lógico, graças à combinação de ativos estratégicos e uma sólida trajetória de transição energética, revela o ‘Negócios’.
Nos últimos anos, a Galp tem reorganizado o seu portefólio, vendendo ativos em Angola e Moçambique e concentrando-se em projetos promissores, como as descobertas na Namíbia e no pré-sal da bacia de Santos, no Brasil. A petrolífera prevê vender uma participação de 40% nos ativos na Namíbia, enquanto o projeto Bacalhau, no Brasil, promete um crescimento significativo no curto prazo.
Apesar da instabilidade na liderança, analistas como Salih Yilmaz, da Bloomberg Intelligence, mantêm uma visão otimista, revela a mesma fonte. A estratégia da empresa, centrada no crescimento do segmento “upstream” e na transição para energias renováveis, é considerada sólida, com um potencial de valorização de 25% para as ações nos próximos meses.
A Galp tem registado um desempenho superior ao dos seus pares, com um retorno total de 40% durante a gestão de Filipe Silva. No entanto, a empresa mantém-se reservada quanto às especulações, afirmando que “não comenta especulação de mercado, nem a cotação das suas ações”.