Saga das mortes misteriosas na Rússia continua: uma das principais propagandistas de Putin terá sido envenenada

Zoya Konovalova, responsável por um dos canais de TV estatais de Vladimir Putin, foi encontrada morta após um suposto envenenamento, segundo indicaram as autoridades russas. A editora-chefe da Companha Estatal de Televisão e Radiodifusão ‘Kuban’, de 48 anos, foi encontrada ao lado do corpo do seu ex-marido, de 52 anos, numa casa na região de Krasnodar no passado dia 5.

Konovalova é o mais recente caso de uma série de mortes misteriosas que envolve figuras russas proeminentes, um ‘fenómeno’ que ganhou atenção mediática desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

“A chefe do grupo de Internet da Companhia Estatal de Televisão e Radiodifusão, Kuban, Zoya Konovalova, morreu”, indicou o canal televisivo, em comunicado. Não foi encontrado qualquer ferimento visível nos corpos de Konovalova e do ex-marido, informou a agência de notícias estatal russa ‘RIA Novosti’.

“A causa da morte teria sido envenenamento”, relatou o canal de TV, acrescentando que ela deixou uma filha e um filho de 15 anos. Foi lançada uma investigação por parte das autoridades russas para apurar-se responsabilidades.

A notícia da morte de Konovalova surgiu depois de outro jornalista russo, Alexander Rybin, ter sido encontrado morto na região de Rostov, que faz fronteira com a Ucrânia – o corpo do jornalista foi encontrado perto de uma estrada junto à cidade de Shakhty, indicou a sua mãe, sendo que a causa da morte não é clara.

Há um mês, Anna Tsareva, de 35 anos, vice-editora-chefe do ‘Komsomolskaya Pravda’, foi encontrada morta no seu apartamento em Moscou, informou a publicação. Segundo o jornal, ela teve uma infeção pulmonar e febre dias antes de ser encontrada morta.