‘Sábado quente’ em Lisboa: polícia em alerta máximo devido às várias manifestações convocadas

Este promete ser um ‘sábado quente’ em Lisboa, com a marcação de duas manifestações oficiais relacionadas com a morte de Odair Moniz: a PSP, GNR e PJ estão a monitorizar o tráfego digital, sobretudo nas redes sociais, e as ameaças – que vão desde a agressões a agentes policiais até à destruição de carros e edifícios – estão a ser levadas a sério, revelou esta sexta-feira o ‘Diário de Notícias’.

A PSP está em estado de alerta e tem preparado um dispositivo musculado, à semelhança do protagonizado em recentes manifestações que envolveram elementos da extrema-direita e extrema-esquerda também na capital. Segundo o jornal diário, o policiamento vai ser reforçado especialmente e com visibilidade “de forma ostensiva”, indicou fonte da PSP, sendo que todo o Corpo de Intervenção vai estar envolvido e de prevenção. Está também previsto que elementos à civil sejam infiltrados nas manifestações, sendo que todas as movimentações vão estar sobre vigilância permanente dos drones da PSP, que vão sobrevoar Lisboa.

Nas redes sociais, o tom é bastante agressivo, com diversos apelos à “desobediência”, sem a qual “não há mudança”. “No fim de semana vamos todos para a Avenida da Liberdade vandalizar aquilo tudo”, podia ler-se. “Parem de nos matar”, referia outra conta no Instagram, onde havia incitamentos a uma ida à esquadra de Miraflores durante a noite desta sexta-feira para se pegar fogo à estação da PSP.

O funeral de Odair Moniz – que decorre este fim de semana – será também alvo de um “acompanhamento visível” por parte das autoridades.

Estão marcadas duas manifestações este sábado: a primeira, do Movimento Vida Justa, é uma “marcha pacífica” em memória de Odair Moniz: está marcada para as 15 horas e vai começar no Marquês do Pombal, terminando junto à Assembleia da República. O movimento alertou, nas redes sociais, para “as falsas manifestações convocadas por elementos da extrema-direita que se fazem passar por convocatórias dos bairros” – exemplo disso é a manifestação convocada para as 23 horas desta sexta-feira no Marquês de Pombal.

A segunda foi marcada pelo Chega, de “apoio à polícia”, que vai encontrar-se com a outra na Assembleia da República. “A nossa manifestação é pacífica e em defesa de justiça. O Chega está a tentar arranjar confusão, para a eventualidade de haver problemas também haver uma justificação para a repressão policial”, referiu Nuno Ramos de Almeida, membro da coordenação do Vida Justa.

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