Rússia vai exigir a Trump que a Ucrânia nunca seja membro da NATO e tenha exército limitado

A Rússia vai exigir a Donald Trump, no âmbito das negociações de paz, que Kiev nunca seja membro da NATO e que se torne “um Estado neutro com um exército limitado”.

De acordo com a ‘Bloomberg’, Moscovo sinalizou que aceita que os membros da NATO continuem a enviar armas para a Ucrânia, no âmbito de acordos de segurança bilaterais, mas estas “não devem ser usadas contra a Rússia ou para recapturar território”.

Cada vez mais confiante de que tem vantagem no campo de batalha na Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin está determinado a atingir a sua meta de que Kiev nunca se junte à Organização do Tratado do Atlântico Norte e que sejam impostos limites à sua capacidade militar, salientaram fontes próximas do Kremlin à publicação.

As condições russas também incluem manter pelo menos o controlo de facto dos quase 20% que a Rússia detém na Ucrânia, incluindo a península da Crimeia anexada em 2014, embora Moscovo esteja aberta a algumas trocas de território, reforçaram as fontes.

Putin já salientou que qualquer acordo de paz deveria ser baseado nos chamados acordos de Istambul. Sob o rascunho mais recente do documento, da primavera de 2022, seriam banidas tropas estrangeiras na Ucrânia, exercícios conjuntos e a participação de Kiev em quaisquer alianças militares externas, disse o líder russo em junho último.

No ano passado, vários órgãos de comunicação social americanos relataram os detalhes do documento, que especificavam que armas estrangeiras não deveriam entrar na Ucrânia, incluindo mísseis. Moscovo insistiu em limitar as forças armadas da Ucrânia a 85 mil pessoas e 342 tanques e limitar o alcance dos mísseis ucranianos a 40 quilómetros – já Kiev queria um exército de 250 mil soldados e 800 tanques, e um alcance de mísseis de 280 quilómetros.