Rússia aprova nova legislação para expandir recrutamento militar
O Governo russo aprovou esta terça-feira um projeto de lei que pretende simplificar o processo de recrutamento e expandir o recrutamento militar. De acordo com a revista ‘Newsweek’, esta mudança legislativa é indicativa que a escassez de mão de obra de Moscovo se tornou insustentável, e nem o envio de soldados norte-coreanos ajudou a resolver o problema.
O projeto de lei, destinado a atingir àqueles que fugiram ao recrutamento, declarou que as decisões de recrutamento para indivíduos considerados aptos para o serviço permanecerão válidas por um ano, o que eliminará a necessidade de exames médicos repetidos durante períodos de mobilização, de acordo com a agência de notícias estatal russa ‘TASS’.
A legislação anterior somente permita que os recrutas russos fossem chamados durante um dos dois períodos de convocatória no ano em que recebiam a sua chamada de recrutamento.
O Gabinete de Ministros aprovou o projeto de revogação, que também inclui formas propostas para consolidar a organização das comissões de recrutamento através da criação de uma comissão de recrutamento em cidades de importância federal e duas ou mais em distritos municipais e urbanos.
O recrutamento atual da Rússia ocorre duas vezes por ano, na primavera e no outono, e tem como alvo homens de entre 18 e 30 anos. As campanhas de recrutamento mais recentes de Moscovo tiveram números recordes de soldados recrutados: 133 mil indivíduos foram recrutados no outono; e 150 mil na primavera, conforme relatado pelo ‘Kyiv Independent’.
Esta não é a única maneira pela qual a Rússia está a tentar resolver a sua escassez de mão de obra; Moscovo começou a recrutar ucranianos que vivem em territórios ocupados, alguns com apenas 12 anos, para lutar na guerra na Ucrânia – de acordo com um porta-voz do serviço de inteligência militar da Ucrânia, Moscovo também está a recrutar mulheres condenadas para lutar na linha da frente desde 2023.