Reformas dos pensionistas estão garantidas por mais 20 meses
As reformas do pensionistas estão garantidas por mais 20 meses: de acordo com o ‘Correio da Manhã’, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), responsável por pagar as pensões futuras quando o sistema ficar deficitário, conseguiu ‘uma bolsa de oxigénio’, depois das transferências da Segurança Social e os ganhos obtidos com investimentos na bolsa e em obrigações.
O valor da carteira do FEFSS disparou, em 2023, para 29,83 mil milhões de euros, o que representou um aumento de 6,9 mil milhões de euros face ao ano anterior, sendo que o investimento em ações de empresas, apesar de ter um peso inferior a 44% no total da carteira do fundo, gerou uma mais-valia superior a 864,4 milhões de euros, depois de ter valorizado 19,62%.
O Executivo aprovou recentemente o relatório do FEFSS, que indicou que “a rentabilidade de 9,1% alcançada neste último ano representa a melhor performance alcançada desde 2014 (últimos nove anos), altura em que o retorno tinha sido de 14,74%”. Mais: “a gestão dos ativos permitiu, até 31 de dezembro de 2023, acrescentar ao valor do FEFSS o montante de 9,72 mil milhões de euros”, que representa 32,6% do valor total da carteira do FEFSS.
As contas positivas deixaram, no final de 2023, o FEFSS a menos de quatro meses de atingir a meta definida por lei de ter verbas para garantir o pagamento das pensões durante 24 meses.
É obrigatório por lei ter um mínimo de 50% do valor da carteira aplicado em dívida pública portuguesa, como as obrigações, que são desta forma o principal ativo do FEFSS: no final de 2023, estavam aplicados nestes instrumentos financeiros 16,27 mil milhões de euros, correspondentes a 54,6% do valor total da carteira. No entanto, em comparação com as ações, registou uma valorização muito inferior: 7,83%, o que proporcionou ao FEFSS um ganho de 1,026 mil milhões de euros, um valor insuficiente para compensar as perdas de 1,474 mil milhões de euros ocorridas na dívida pública portuguesa no ano anterior. Já a valorização das ações de empresas foi superior às perdas de 752,3 milhões de euros registadas em 2022.