Quem é responsável pelo agravamento da pandemia? Portugueses culpam portugueses

Quase 30% dos portugueses consideram que a culpa pelo agravamento da pandemia é mesmo deles próprios, de acordo com o Barómetro CMTV, realizado pela Intercampus. No campo das responsabilidades a grande maioria dos inquiridos, 38,6%, apontam para uma culpa geral, 29,4% acredita que a culpa é dos portugueses e 30,9% acusam o Governo.

Daqueles que acreditam que o Governo é o principal responsável pela difícil situação pandémica portuguesa, segundo a sondagem, 16,2% acham que o Executivo no seu todo é culpado, por sua vez para 5,9% dos portugueses o primeiro-ministro, António Costa, é quem deve receber a responsabilidade, 4,5% culpa a Direção Geral da Saúde (DGS) e 4,3% a ministra da saúde, Marta Temido.

Quando questionados sobre o esclarecimento dado pelo Governo das medidas adotadas para combater a crise de saúde pública, mais de metade dos portugueses, cerca de 53%, defende que estas regras foram mal explicadas pelo Executivo.

Falando dessas mesmas medidas, no que respeita à requisição de profissionais de saúde ao privado ou de funcionários públicos em teletrabalho para ajudar na resposta à pandemia, a medida é aprovada por 88,7% dos inquiridos. Já sobre se os hospitais privados devem atuar coordenados com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a percentagem de aprovação é também elevada: 96,1%.

O encerramento das escolas, nomeadamente nas vésperas dos feriados de Dezembro, foi outra das decisões que causou discórdia por parte dos portugueses, com a grande maioria, dos inquiridos, 74,1% a considerar que os estabelecimentos de ensino deveriam manter-se sempre em funcionamento.

De forma geral o regime de Estado de Emergência é aprovado por 76,8% dos inquiridos, quando se fala do recolher obrigatório a percentagem de aprovação desde para  70,4, já no que diz respeito à imitação de circulação entre concelhos, a medida é aprovada por 67,4% dos portugueses.