Quase 40% dos portugueses acredita que, no futuro, vai ser impossível estacionar no centro das cidades

Um novo estudo da aplicação de estacionamento EasyPark revela que os condutores portugueses estão cada vez mais conscientes da necessidade de promover soluções de mobilidade sustentável nas cidades. A pesquisa destaca que 40,5% dos inquiridos acreditam que reservar lugares de estacionamento no centro das cidades seria uma medida benéfica, eliminando a necessidade de procurar estacionamento e reduzindo o tempo de circulação, o que, por sua vez, diminui a emissão de gases poluentes.

Além disso, 70,4% dos condutores veem com bons olhos a introdução de câmaras e leitores de matrículas nos estacionamentos cobertos, uma solução que eliminaria o uso de bilhetes e tornaria o processo mais ágil e sustentável. Outra tendência identificada no estudo é a crescente procura por veículos elétricos, com 31,1% dos inquiridos a considerarem a sua aquisição como uma forma de contribuir para a sustentabilidade ambiental.

Nos últimos anos, a questão da sustentabilidade tem estado no topo da agenda das cidades, com a poluição atmosférica a ser um dos principais focos de preocupação. Em resposta a este desafio, várias metrópoles europeias adotaram medidas como as Zonas de Emissões Reduzidas (ZER), que restringem a circulação de veículos com elevadas emissões de CO2. Em Portugal, apenas Lisboa implementou estas zonas, limitando o acesso de veículos com mais de 24 anos em áreas como a Avenida da Liberdade, Baixa-Chiado, Eixo Norte-Sul e outras artérias principais da capital.

O estudo da EasyPark revela que 36,6% dos condutores portugueses acreditam que, no futuro, nem sequer os veículos com baixas emissões poderão estacionar no centro das cidades, prevendo restrições ainda mais rigorosas.

O levantamento aponta também para uma crescente predisposição dos portugueses para adotarem meios de transporte alternativos. Cerca de 66,4% dos inquiridos estariam dispostos a utilizar o autocarro, metro ou bicicleta para melhorar a mobilidade urbana e reduzir o impacto ambiental. Esta mudança reflete um compromisso crescente com a sustentabilidade e uma visão de cidades mais habitáveis.

“Enquanto condutores temos o poder de reduzir as emissões de CO2 dos nossos veículos. Devemos fazer uso dos veículos pessoais apenas quando é mesmo necessário ou quando não há possibilidade de optar por meios alternativos, sejam os transportes públicos sejam as bicicletas, por exemplo. Em caso de ser absolutamente necessário recorrer aos veículos próprios, então planificar as viagens ou reservar lugares de estacionamento com antecedência podem ser estratégias que ajudam a diminuir o impacto ambiental que a deslocação pode provocar. Existem diferentes estratégias que podemos adotar que tornam o futuro mais sustentável, mas também que permitem que as cidades sejam mais amigas dos seus residentes e visitantes, que sejam verdadeiramente habitáveis.” diz Jennifer Amador Tavares de Sousa, Diretora para Portugal do EasyPark Group.