Quanto dura a carne de frango no congelador? E de vaca? Veja como armazenar sem comprometer a sua segurança
A congelação de alimentos é uma prática comum para prolongar a sua durabilidade, permitindo que estejam sempre disponíveis sem a necessidade de constantes idas ao supermercado. Contudo, há limites para o tempo que os alimentos podem permanecer congelados sem comprometer a sua qualidade e segurança. Este é um aspeto especialmente relevante no caso da carne, um dos produtos mais frequentemente armazenados no congelador.
Embora a congelação reduza significativamente a velocidade dos processos de degradação, não os interrompe completamente, alerta o portal sueco Ny Gamail Mat. “A carne perde sabor, textura e valor nutricional com o tempo”, explicam especialistas do site, reforçando a importância de respeitar os períodos recomendados para consumo.
Prazos recomendados para diferentes tipos de carne
De acordo com as diretrizes partilhadas pela Ny Gamail Mat, os tempos máximos de conservação variam consoante o tipo de carne. Esta tabela pode servir de orientação:
Carne de vaca: Até 8 meses. A carne vermelha magra é mais resistente às baixas temperaturas, suportando períodos mais longos de armazenamento sem perder significativamente as suas propriedades.
Carne de porco: Até 6 meses. Embora também possa ser armazenada por períodos razoáveis, a sua composição implica uma durabilidade inferior à da carne de vaca.
Aves de capoeira: Até 3 meses. “Devido ao maior teor de água, a carne de aves perde as suas propriedades mais rapidamente”, destacam os especialistas.
Carne picada: Até 2 meses. Por ter uma maior área de superfície exposta ao ar, a carne picada deteriora-se mais rapidamente, mesmo quando congelada.
Os riscos de ultrapassar os prazos recomendados
Conservar carne além dos prazos sugeridos pode acarretar riscos à saúde e comprometer a experiência gastronómica. Por um lado, o produto pode desenvolver alterações no sabor e na textura, tornando-o menos apetecível. Por outro, pode ocorrer uma redução no valor nutricional, prejudicando a qualidade do alimento.
Mais importante ainda, embora as baixas temperaturas inibam a multiplicação de microrganismos patogénicos, não os eliminam por completo. Assim, o consumo de carnes congeladas por períodos excessivos pode aumentar o risco de intoxicações alimentares.
Boas práticas de congelação
Para maximizar a durabilidade e qualidade dos alimentos congelados, é essencial seguir algumas boas práticas:
Armazenar em embalagens herméticas: Reduzir o contacto com o ar ajuda a prevenir queimaduras por congelação, que afectam a textura e o sabor da carne.
Etiquetar com datas de congelação: Assim, pode acompanhar facilmente os prazos e evitar consumos fora do período recomendado.
Descongelar de forma segura: O descongelamento deve ser feito no frigorífico, evitando alterações bruscas de temperatura que podem favorecer o crescimento de bactérias.
Um equilíbrio entre conveniência e segurança
Embora seja tentador utilizar o congelador como solução para conservar carnes por períodos prolongados, é importante não negligenciar as limitações deste método. Planear as refeições e respeitar os prazos de conservação são passos essenciais para garantir tanto a segurança alimentar como a qualidade dos alimentos consumidos.
Conforme sublinham os especialistas, “a congelação é uma aliada, mas não uma solução permanente”. Portanto, ao congelar carne, tenha sempre em mente que menos tempo é, frequentemente, melhor.