Quais são os cães que sofrem mais com o frio? E que temperatura mínima suporta um gato?
Qual é a capacidade de resistência ao frio do seu animal de estimação?
No caso dos cães, essa capacidade mede-se de acordo com o tamanho e a raça do animal: algumas raças, como as árticas, sentem-se à vontade em temperaturas frias e abaixo de zero – no entanto, não há cão que não corra graves riscos à saúde em condições extremas se forem expostos ao frio por muito tempo.
Existem muitos fatores que podem influenciar a tolerância ao frio dos cães domésticos, e não apenas o tamanho e a raça. O tipo de pelagem – seja simples, dupla, fina ou grossa – é um fator muito importante para que os cães consigam manter a temperatura corporal no frio. Assim, por exemplo, um galgo espanhol ou um pit bull terrier americano serão mais suscetíveis à hipotermia rapidamente em comparação com um cão da Terra Nova ou da Lapónia finlandesa.
O peso também é relevante, já que cachorros muito magros arrefecem mais rapidamente conforme cai a temperatura: é bem sabido que a gordura corporal atua como isolante: aqui importa realçar que o sobrepeso e a obesidade aumentam o risco para os cães, além de não trazer qualquer benefício térmico. Por último, a idade e o estado geral de saúde do animal são outros fatores que se devem levar em consideração quando se expõe um cão ao frio
A Universidade Tufts, dos Estados Unidos, criou um gráfico onde é possível ver a temperatura que os cães suportam conforme o tamanho, republicada pela Direção Geral dos Direitos dos Animais de Espanha.
Até 7 graus, indicou a tabela, a maioria dos cães tolera bem a temperatura externa, mas abaixo dessa temperatura os cães médios e pequenos podem começar a apresentar problemas. A partir de -4 graus o frio é considerado perigoso para todos os cães e quando chega a -15 graus todos os cuidadores devem estar muito atentos – os cães não devem ser expostos a estas condições climáticas sem proteção ou por um período prolongado.
E quanto aos gatos, qual é a sua tolerância?
Em regra, os gatos domésticos toleram bem o frio: no entanto, sentem e vivenciam o frio como qualquer outro animal – ainda assim, a exposição a temperaturas muito baixas pode ser fatal.
À semelhança dos cães, há vários fatores que influenciam o conforto térmico dos gatos – o tipo de pelagem, por exemplo, que pode ser curta e rente ao corpo como os siameses e orientais, pelagem dupla e pelo abundante como os gatos noruegueses da floresta ou pelos azuis russos, e até sem pelos como os gatos Peterbald e Sphynx.
Os felinos doentes, velhos ou muito jovens, também estão predispostos a sentir frio devido às suas defesas baixas e ao sistema imunitário mais fraco . Além disso, a influência da humidade e do vento num ambiente com temperaturas frias também pode afetar a capacidade dos gatos de regular a temperatura corporal.
A companhia inglesa de seguros de animais ‘Pet Health Club’ criou um gráfico no qual detalhou os riscos a que estão expostos os gatos em temperaturas extremas: abaixo de 7 graus, a temperatura é potencialmente desconfortável para os gatos e eles devem receber um abrigo quente.
Entre 6 e 0 graus, o risco é intermediário e todos os gatos precisam de abrigo e calor, pois a exposição prolongada pode ser perigosa. Abaixo de zero graus, a temperatura é considerada “extremamente fria” e alertam que há alto risco de congelamento e hipotermia – nenhum gato deve ficar ao ar livre em temperaturas abaixo de zero.
As orelhas e patas dos gatos podem ajudar-nos a avaliar a sua temperatura geral: se um gato mantém o calor corporal de maneira ideal, as suas orelhas e patas devem estar quentes, não frias. Se perceber que as extremidades estão frias, é sinal que a temperatura ambiente não é adequada para as necessidades térmicas dos felinos domésticos.