Putin corre ‘contra o tempo’: nomeação do principal general russo revela os piores medos do presidente russo
O Ministério da Defesa da Rússia pode passar a mensagem de que as suas forças estão “a derrotar” a contra-ofensiva da Ucrânia na região de Kursk, mas Vladimir Putin claramente não acredita: talvez por isso tenha enviado no passado domingo um dos seus generais ‘mais durões’ para organizar a reação russa, sustentaram os britânicos do ‘The Telegraph’.
O general Yunus-Bek Yevkurov, promovido em dezembro de 2024 por Putin e encarregado de comandar as defesas de fronteira da Rússia e os projetos mercenários na África, chegou a Kursk menos de duas horas depois de os tanques ucranianos terem começado a avançar em direção às posições russas.
Com esta nomeação, o presidente russo mostrou a sua carta: embora não esteja claro o quão bem-sucedida será a contra-ofensiva de Kiev, Putin está claramente preocupado.
Repelir o avanço da Ucrânia na região de Kursk, no sul da Rússia – iniciado em agosto do ano passado – tornou-se um projeto prioritário para Putin antes que Donald Trump seja empossado como presidente dos EUA a 20 de janeiro e imponha um acordo de paz: chegar a negociações com Kiev ainda a segurar território russo, mesmo em pequenas parcelas, enfraquecerá Putin.
Volodymyr Zelensky sabe disso. O presidente ucraniano pode ter calculado que, com as suas forças a serem empurradas para trás ao longo da linha de frente principal, aplicar pressão em Kursk é a sua melhor opção. Se as suas forças conseguirem repelir os soldados russos em Kursk e manter o território capturado por mais duas ou três semanas, Zelensky sente que pode fortalecer a sua posição de negociação.