PSI em alta com Mota-Engil a subir mais de 1,6%

A bolsa de Lisboa negociava em alta, com 10 títulos do PSI a subirem, liderados pelos da Mota-Engil, que avançavam 1,61% para 2,78 euros.

Cerca das 09:35 em Lisboa, o PSI mantinha a tendência da abertura e subia 0,47% para 6.406,79 pontos, com 10 ‘papéis’ a subir, um a descer (BCP, menos 0,19% para 0,48 euros) e quatro a manter a cotação (CTT em 5,28 euros, Ibersol em 7,60 euros, REN em 2,31 euros e Semapa em 14,50 euros).

Às ações da Mota-Engil seguiam-se as da Jerónimo Martins, NOS e EDP Renováveis que subiam 1,09% para 18,62 euros, 0,92% para 3,30 euros e 0,71% para 9,23 euros.

A Jerónimo Martins anunciou na terça-feira ter registado vendas de 33,5 mil milhões de euros no ano passado, um aumento de 9,3% em termos homólogos.

Já no quarto trimestre, as vendas do grupo dono dos supermercados Pingo Doce subiram 6,7%, para 8,7 mil milhões de euros.

Com a mesma tendência de alta, as ações da Altri, Navigator e Sonae avançavam 0,57% para 5,29 euros, 0,46% para 3,50 euros e 0,44% para 0,91 euros.

As outras ações que subiam de cotação eram as da Corticeira Amorim, EDP e Galp, designadamente 0,38% para 7,94 euros, 0,29% para 3,10 euros e 0,15% para 11,58 euros.

As principais bolsas europeias negociavam hoje em alta, num dia repleto de referências macroeconómicas, uma vez que, além dos dados sobre a inflação nos EUA, serão divulgados a produção industrial na zona euro e o PIB da Alemanha.

Antes da abertura, foi divulgado que a inflação espanhola recuperou para 2,8% em dezembro.

Nos Estados Unidos, os bancos de investimento JP Morgan, Wells Fargo, Goldman Sachs e Citigroup, bem como a gestora de activos Blackrock, iniciam a época de apresentação de resultados.

Wall Street fechou na terça-feira em terreno misto. E isto, depois da divulgação do índice de preços no produtor (PPI) de dezembro, que avançou menos do que o esperado, um dado anterior ao IPC de hoje, que poderá dar pistas sobre os próximos passos a dar pela Reserva Federal (Fed) relativamente às taxas de juro.

Os investidores esperam que a Fed deixe as taxas inalteradas na sua reunião no final de janeiro. O Livro Bege da Fed, que analisa as condições económicas atuais, também será divulgado hoje.

Neste contexto, no mercado da dívida, a rendibilidade da obrigação do Tesouro norte-americano a dez anos desceu para 4,76%.

No Velho Continente, os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, desciam para 2,629%, contra 2,650% na sessão anterior, um máximo desde 06 de junho. Com a mesma tendência, os juros de França mantinham-se acima de 3%, a cair para 3,446%, contra 3,471% na terça-feira.

Num contexto de força económica nos EUA e de fraqueza na Europa, o dólar continua em alta. O euro estava a subir, mas a cotar-se a 1,0303 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,0288 dólares na terça-feira e 1,0218 dólares em 13 de janeiro, um mínimo desde 10 de novembro de 2022.

A desvalorização do euro face ao dólar tem sido impulsionada pelo regresso de Donald Trump à Casa Branca, que prevê políticas suscetíveis de aumentar a inflação nos Estados Unidos.

No mercado de matérias-primas, o Brent, por sua vez, continua a subir, e hoje está a valorizar-se para 80,38 dólares, contra 79,92 dólares na terça-feira e 81,01 dólares em 13 de janeiro, um máximo desde julho.