Protestos e greves à vista? Função Pública ameaça Montenegro com um “verão quente e um outono ainda mais quentinho”

Ainda não tomou posse o novo Governo, que ao que tudo indica será encabeçado pela AD e liderado por Luís Montenegro, mas a Federação de Sindicatos da Função Pública (FESAP) adianta que se o Executivo não garantir que o caminho da valorização dos salários e das várias carreiras na Função Pública é para continuar, haverá greves, protestos e outras ações de luta ainda este ano.

José Abraão, secretário-geral da FESAP e que também é membro da Comissão Política do PS, alerta, em declarações à Renascença, que será necessário um “grande esforço de negociação e melhoria dos acordos celebrados”. Caso contrário, advertiu que o resultado será “inevitavelmente o protesto de rua”, prevendo um “verão que será quente e um outono ainda mais quentinho”.

Apesar de dar o benefício da dúvida ao novo Governo, Abraão deixou claro que “a luta está sempre em cima da mesa, seja pela greve, seja pelo protesto”, caso não haja avanços na negociação coletiva. O dirigente sindical não descartou a possibilidade de um diálogo construtivo, mas frisou que é necessário um esforço mútuo para resolver a questão dos salários. “Estamos sempre disponíveis para negociar”, afirmou.

Abraão também fez um apelo à oposição, destacando a importância de ouvir mais os sindicatos. “Caso contrário, será necessário recorrer à luta e ao protesto organizado pelos sindicatos”, alertou.

Ainda, o responsável sindical chama a atenção para a responsabilidade dos sindicatos, do Governo e dos partidos da oposição em evitar um aumento do descontentamento social que poderia resultar em protestos desorganizados. “Todos têm um papel a desempenhar para garantir a paz social”, concluiu José Abraão.




Comentários
Loading...