Protectores solares têm químicos que são absorvidos pelo sangue, diz estudo

Os componentes de diversos protectores solares entram na corrente sanguínea após apenas um dia de utilização, de acordo com o descoberto em Maio de 2019, por um estudo piloto da Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA), avança a agência Reuters.

Agora, foi realizada uma nova pesquisa pela mesma entidade que vem comprovar esse mesmo facto, que as componentes que derivam dos protectores são realmente absorvidas pelo sangue, confome publicado na revista cientifica ‘Journal of the American Medical Association’.

Contudo, não há motivos para alarme, a Directora do Centro de Avaliação e Investigação de Medicamentos da FDA, Janet Woodcock indica que «não significa que seja inseguro» o uso de protector solar, uma vez que será necessário fazer mais pesquisas para confirmar totalmente essa informação.

Adam Friedman, director de dermatologia da Universidade George Washington e membro da Academia de Dermatologia dos EUA, vem também desmistificar esta questão, concordando com a opinião de Woodcock.

«Foi completamente mal interpretado. Só porque está no sangue não significa que não seja seguro. Também não significa que seja seguro. Essa é uma resposta que ainda não sabemos», refere Friedman citado pela Reuters.

No novo estudo realizado, a FDA quis verificar se os componentes contidos nos protectores solares, excediam as 0,5 nanogramas por milímetro de sangue, em quatro produtos usados de forma aleatória por 48 pessoas.

Foram avaliadas três substâncias químicas analisadas na primeira pesquisa: avobenzona, oxibenzona e octocrileno e outras três novas: homosalato, octissalato e octinoxato.

Os voluntários do estudo aplicaram protector solar em 75% do corpo, uma vez no primeiro dia e outras quatro vezes nos restantes três, ultrapassando todos o limite testado.

A única conclusão possível a ser retirada, segundo Woodcock, é que os fabricantes devem testar realmente a segurança dos seus produtos, aquando da absorção do sangue.