Problemas de abastecimento de água na prisão do Linhó persistem

Os problemas no fornecimento de água no estabelecimento prisional do Linhó (Sintra) estão a impedir o abastecimento em toda a prisão em simultâneo com níveis de pressão de água adequados, admitem hoje os serviços prisionais.

Após a rotura de água que afetava aquele estabelecimento prisional desde domingo ter sido dada como resolvida pelas 16:00 de quarta-feira, depois de “reparada a rutura na canalização”, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) adiantou hoje à Lusa ter sido detetado um “novo e distinto” problema, em relação ao qual se iniciaram “de imediato trabalhos para procurar a sua causa e se proceder à respetiva reparação”.

“Por volta das 19:00 [de quarta-feira] verificou-se que não se conseguia ter, em simultâneo e em todos os espaços prisionais, o mesmo fluxo de água. Ou seja, para os reclusos de uma Ala tomarem banho e se abastecerem normalmente, os de outra Ala tinham pouca pressão nas torneiras”, esclareceu a DGRSP.

Os serviços prisionais sublinham que, apesar dos condicionamentos, “há abastecimento de água aos reclusos, ainda que sem possibilidade de que todos o façam em simultâneo e com a pressão adequada”.

“Por motivo dos trabalhos que estão em curso, poderá ter de haver lugar a cortes seletivos e temporários do abastecimento, esperando-se que este novo problema seja resolvido a qualquer momento”, adiantou a DGRSP.

Perante novas queixas da Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) de falhas de abastecimento de água aos reclusos, inclusivamente para beber, mas também para higiene e despejo dos sanitários das celas, a DGRSP reiterou que “está a ser distribuída água engarrafada a todos os reclusos do estabelecimento prisional e, para uso sanitário, têm enchido recipientes nas torneiras dos pátios”.

O estabelecimento prisional do Linhó tem cerca de 500 reclusos.