Presidenciais: Ventura acusa rádios de terem «recusado» a sua participação por videoconferência no debate
O líder do Chega, André Ventura, acusou esta segunda-feira as rádios portuguesas, que promoveram um debate com todos os candidatos à presidência, de «recusar» a sua participação por videoconferência e critica por não terem agido da mesmo forma com o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Numa publicação através da sua conta de Twitter, o responsável dá a entender que os «critérios» utilizados para Marcelo são diferentes daqueles usados quando se trata dele próprio, até porque, segundo Ventura, a imprensa tinha conhecimento da sua ausência neste dia. «As rádios sabiam que eu estaria no Norte em campanha nesta altura», começou por referir.
As rádios sabiam que eu estaria no Norte em campanha nesta altura. Recusaram a minha participação por videoconferência, quando há uns dias atrás autorizaram Marcelo a participar em videoconferência num debate com todos os candidatos. Critérios…https://t.co/hhh46Y7BNt
— André Ventura (@AndreCVentura) January 18, 2021
«Recusaram a minha participação por videoconferência, quando há uns dias atrás autorizaram Marcelo a participar em videoconferência num debate com todos os candidatos», afirma André Ventura, acrescentando: «Critérios…».
Na publicação o líder do Chega partilha uma notícia da rádio ‘Renascença’, uma das promotoras do debate desta segunda-feira, na qual é avançado que mesmo com a ausência de Ventura, o candidato foi falado no evento, pelo próprio Marcelo.
Marcelo Rebelo de Sousa alertou que o fenómeno do Chega «acontecerá mais depressa de o tornarmos em polo central da vida política», criticando assim a ideia de o PSD realizar um congresso para debater o Chega. Com isto, aumenta-se a «valorização dos laterais que querem ser figuras centrais», argumentou.
Também no mesmo debate o Presidente da República admitiu que não se registou uma antevisão da terceira vaga da crise de saúde pública, contudo nega as acusações de Ana Gomes, de que terá «reforçado a mão do Governo na negociação com os privados» para a disponibilização de recursos.
«Houve a não antevisão da terceira vaga, houve a sensação de que não ia ser necessário tantos recursos privados quanto foram», admitiu o Presidente da República, reconhecendo também que a capacidade total das Forças Armadas ainda não se encontra a ser utilizada.