Preços do petróleo recuam 4%. Futuros seguem tendência negativa no mercado londrino
Os preços do petróleo recuaram cerca de 4% esta segunda-feira no mercado londrino, seguindo a tendência negativa registada a semana passada.
Os contratos futuros sobre petróleo Brent caíram 3,9%, para 57,82 euros o barril às 10h45 de Lisboa, depois de nos últimos sete dias terem sofrido uma queda de 6%, a maior perda semanal, desde há quatro meses.
Os contratos futuros de petróleo bruto do West Texas Intermediate (WTI)caíram 4,3%, no mesmo mercado, para os 55,67 euros o barril, depois de terem caído quase 7% na semana passada, a quebra em sete dias, mais acentuada, desde já nove meses.
Os preços do petróleo têm sido particularmente voláteis nos últimos 16 meses. A variante Delta da covid-19 está a alarmar o mercado.
Em meados de julho, OPEP estimou que o consumo global de petróleo vai aumentar 4,8% no segundo semestre deste ano e 3,4% em 2022.
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero divulgado em Viena, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) explica que estas estimativas se baseiam em “boas expectativas para o crescimento económico mundial” e os objetivos alcançados para conter a pandemia.
Assim, confirmando a previsão anterior, a OPEP afirma que a procura deverá crescer este ano em seis milhões de barris por dia para uma média de 96,6 milhões de barris por dia.
Para 2022, a OPEP espera um novo aumento, de 3,3 milhões de barris por dia, para cerca de 99,86 milhões de barris por dia, com a marca dos 100 milhões de barris a ser superada durante o segundo semestre do ano.
A organização espera que este ‘boom’ seja impulsionado por países não-OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico), com a China e a Índia a excederem os seus níveis de consumo anteriores à pandemia, tanto para combustíveis para transportes como para necessidades industriais (petroquímicas).
Do lado da oferta, a OPEP espera que a produção dos países produtores não membros da OPEP cresça 2,1 milhões de barris por dia em 2022, provenientes dos EUA, Canadá, Noruega e Brasil.
No segundo trimestre, a produção de petróleo da OPEP foi em média de 25,5 milhões de barris por dia, menos 1,6 milhões que a procura, de acordo com fontes indiretas.