O E-Lar, medida de apoio à substituição de eletrodomésticos e equipamentos a gás por soluções elétricas mais eficientes e sustentáveis, vai entrar em vigor “em meados deste mês de junho”, indicou o Ministério do Ambiente e Energia ao ‘Diário de Notícias’: este apoio vai ser dirigido apenas aos beneficiários da tarifa social de energia e de prestações sociais mínimas.
A medida prevê a atribuição de um teto máximo por beneficiário, em vez do número de equipamentos, para ser aplicado na substituição de eletrodomésticos ineficientes por equipamentos de classe A ou aparelhos a gás por soluções elétricas eficientes e sustentáveis.
A entidade que vai prestar apoio aos beneficiários será os Espaços Energia, sendo que o objetivo do E-Lar é contribuir para a “poupança energética, a redução do uso de combustíveis fósseis e a descarbonização do setor residencial”, referiu o Governo.
Daniel Ribeiro, diretor-geral da Agefe (Associação Empresarial dos Setores Elétrico, Eletrodoméstico, Eletrónico e das Tecnologias da Informação e Comunicação), garantiu que o programa “faz todo o sentido”. “O consumo anual de uma máquina de lavar roupa ou de um frigorífico das classes mais eficientes pode ser 60% inferior ao de um equipamento adquirido há 10-12 anos”, apontou, lembrando que existem equipamentos “com consumos nada eficientes e que agravam a fatura energética das famílias e do país”.
Segundo a Agefe, haverá no país “mais de 900 mil eletrodomésticos cuja vida útil já terá terminado”, cuja “substituição integral permitiria uma poupança anual de 30 milhões de euros para as famílias”.
Com o E-Lar vai chegar também o programa Bairros Sustentáveis para a Transição Climática – com uma dotação de 100 milhões de euros -, uma medida que visa reforçar o combate à pobreza energética, através de intervenções integradas em territórios vulneráveis ou com valor histórico e social.
