Portugueses são os mais resistentes às compras online

No Dia da Privacidade de Dados 2020, que se celebra hoje, o Eurostat foi perguntar aos cidadãos da UE se confiam na Internet para realizar compras online.

Os resultados deste inquérito mostram que entre os Estados-Membros da UE, Portugal é o país que regista a maior percentagem de pessoas que não fez compras online nos últimos 12 meses, devido a preocupações com a segurança nos pagamentos. Cerca de 23% dos portugueses preferem jogar pelo seguro e não arriscar em comprar pela Internet, duvidando que os dados do seu cartão sejam preservados e não utilizados de forma fraudulenta.

Relativamente aos anos anteriores, o país luso tem registado sempre percentagens significativamente baixas de consumo, estando no topo ou no pódio dos países da UE que menos compram online, preocupados com a segurança do pagamento. Em 2017, Portugal registou uma percentagem de 29%, a mais alta de sempre verificada nesse ano e em anos anteriores.

No geral, os estados membros da UE registaram percentagens abaixo dos 10% à excepção de cinco: Portugal, Espanha (16%), Hungria (14%), Finlândia (14%) e Chipre (12%).

No lado inverso, a registar as menores percentagens de cidadãos que não confiam em compras online, em 2019, encontram-se a Estónia, com apenas 1%, a Polónia, a Dinamarca e a República Checa, todas com 2%.

De forma global na UE, as preocupações com a segurança ou a privacidade de pagamento impediram 6% das pessoas, entre os 16 e os 74 anos, de comprar ou encomendar produtos pela Internet em 2019, um ponto percentual a menos do que em 2017 (7%) e cinco pontos percentuais a menos do que em 2009 (11%), representando uma tendência de queda na última década.

As preocupações com a segurança de pagamento foram a segunda barreira mais frequente relatada em 2019, depois da preferência de comprar pessoalmente, registada em 18% das pessoas da UE. Outras barreiras, como falta de habilidades, preocupações de confiança em receber ou devolver as mercadorias, falta de cartão de pagamento ou dificuldades de entrega, desencorajaram menos de 5% das pessoas na UE a fazer compras online.