Portugueses reforçam presença no mercado de exportações durante a pandemia

No primeiro semestre de 2021, e face a igual período de 2019, as exportações portuguesas de bens (excluindo combustíveis) para a União Europeia (UE) cresceram menos do que as importações da UE.

Para a analista do Banco de Portugal (BdP) Ana Correia, esta evolução “refletiu um efeito negativo da especialização, que compensou o efeito positivo associado a ganhos de quota nos mercados país/produto individuais”.

“O efeito especialização ou estrutura negativo é explicado principalmente por um maior peso relativo nas exportações portuguesas de mercados país/produto que tiveram um comportamento pior do que a média das importações da UE”, acrescenta a especilaista.

A capacidade dos exportadores portugueses de competirem com outros fornecedores nos mercados país/produto da UE reforçou-se durante o período da pandemia, o que se traduziu em ganhos de quota.

Este efeito quota de mercado equivaleu a 1,8 pp no período entre o primeiro semestre de 2019 e o primeiro semestre de 2021. Em termos de produtos, o bom desempenho dos exportadores foi relativamente generalizado, realçando-se o contributo dos ganhos de quota nas máquinas e aparelhos elétricos, nos minérios e metais comuns e nos agroalimentares, bebidas e tabaco. Avaliando os resultados por país, verifica-se que os ganhos foram mais expressivos nos mercados espanhol e francês.

Créditos: Banco de Portugal.
Créditos: Banco de Portugal.