Portugueses já estão a desconfinar. Quase quatro milhões saíram à rua no sábado

No último sábado, quase quatro milhões de portugueses saíram à rua, estimando-se que ontem esse valor tenha sido semelhante, de acordo com uma análise da consultora PSE, avançada pelo jornal ‘Público’, que revela ainda que apenas menos 25% dos portugueses estão em circulação face aos tempos «normais».

Segundo a mesma publicação, este número (quatro milhões) é o mais elevado desde o início de 2021, sendo também um reflexo de uma tendência cada vez maior de desconfinamento, à medida que os números da pandemia da Covid-19 vão baixando.

Mas há uma tendência no tipo de pessoas que se desloca. Segundo a consultora, há mais homens do que mulheres a sair à rua, para além disso, a população de classes mais baixas também desconfina mais, do que a de rendimentos mais elevados.

Também o bom tempo que se fez sentir no fim de semana contribuiu para este aumento da população em desconfinamento, ainda que «desde o encerramento das escolas», a 21 de janeiro, se tenha vindo a verificar esta subida da mobilidade, segundo o especialista da PSE, Nuno Santos, citado pelo jornal.

A PSE, adianta ainda ao ‘Público’, que depois do fecho das escolas, «os portugueses estão não só a voltar à rua como a fazê-lo mais vezes e por períodos de tempo mais prolongados, porque começaram a arriscar ir para mais longe».

Quanto a números concretos, no primeiro sábado que se sucedeu ao encerramento dos estabelecimentos de ensino, contabilizaram-se cerca de três milhões de portugueses fora de casa. Por sua vez, na última sexta-feira esse número aumentou para quase seis milhões, ou seja, 75% das pessoas que normalmente já circulavam na rua neste dia, antes da crise de saúde pública. Isto significa, adianta a consultora, que a redução face aos tempos «normais» foi de apenas 25%.

«Há em média mais um milhão de pessoas por dia na rua, quer aos fins-de-semana quer aos dias de semana, por comparação com a altura em que as escolas encerraram», explica Nuno Santos ao ‘Público’ sublinhando que com este aumento da mobilidade dos portugueses, «o desafio vai ser desenhar regras que permitam controlar a quantidade de pessoas que queremos a circular, gerindo ao mesmo tempo as expectativas das pessoas».

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