Portugueses gastaram mais 5% nos super e hipermercados do que no ano passado

Os meses de agosto e setembro trouxeram um crescimento expressivo de 6,4% no retalho alimentar, segundo os dados da NielsenIQ. Este aumento reflete um maior dinamismo nas vendas de bens de grande consumo, que já ultrapassam os 10 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano, marcando uma subida de 4,7% face ao período homólogo de 2023.

Os grandes supermercados foram os principais beneficiários deste crescimento, registando uma subida de 8,8% nas vendas, enquanto o comércio tradicional caiu 2,6%, a performance equilibrada entre as marcas de fabricante, que cresceram 6,7%, e as marcas próprias, que subiram 6,1%, destaca-se, mostrando uma recuperação face ao desequilíbrio de 2023.

Apesar do abrandamento da inflação, o aumento do consumo privado, impulsionado por uma ligeira folga orçamental nas famílias, continua a ser o motor principal deste crescimento, e não tanto o investimento. A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) salienta que fatores como a descida das taxas de juro e os aumentos salariais têm ajudado a aumentar a confiança dos consumidores, revela o ‘Dinheiro Vivo’.

Em termos de gastos, os consumidores continuam a valorizar as promoções, com 63% dos produtos em folhetos a serem comercializados com descontos nos primeiros seis meses do ano. As marcas próprias representam agora 45,8% das vendas, contrastando com os 32% registados em 2019, à medida que o preço continua a ser um fator decisivo nas escolhas de compra.




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