Portugal atraiu 800 milionários em 2024 e cresce no mercado imobiliário de luxo

O mercado imobiliário de luxo continua a evoluir em Portugal, que se posiciona como um destino atrativo para milionários em busca de qualidade de vida e oportunidades de investimento.

O 2025 Luxury Outlook℠ da Portugal Sotheby’s International Realty, destaca a transferência intergeracional de 84 biliões de dólares (cerca de 80 mil milhões de euros) e a mobilidade global de grandes fortunas, que trouxe 800 novos indivíduos de elevado património líquido para Portugal em 2024.

Segundo o relatório, regiões como Lisboa, Porto, Algarve, Madeira e Melides/Comporta/Tróia continuam a liderar a procura, enquanto o segmento de empreendimentos registou um crescimento de 200% em comparação com 2023. O valor médio de venda de imóveis ultrapassou os 1,03 milhões de euros, refletindo uma subida de 20% face ao ano anterior.

“O mercado imobiliário de luxo em Portugal tem demonstrado uma resiliência notável, refletindo um interesse crescente tanto de compradores nacionais como internacionais. Observamos um aumento significativo na procura de imóveis que aliam sustentabilidade, design inovador e qualidade de vida, características que os investidores valorizam cada vez mais. Além disso, o apelo de Portugal enquanto destino seguro e atrativo para investimento, continua a consolidar-se, especialmente entre clientes provenientes dos Estados Unidos e do Reino Unido”, refere Miguel Poisson, CEO da Portugal Sotheby’s International Realty.

O relatório sublinha que tendências como a valorização da proximidade à natureza, às artes e à cultura, bem como o crescente interesse em branded residences e serviços personalizados, estão a influenciar a oferta e a procura no mercado português. Além disso, a migração de grandes fortunas atingiu níveis recorde em 2024, com 128 mil indivíduos a relocalizarem-se globalmente, moldando o panorama do setor imobiliário de luxo.

Entre os destaques do relatório estão ainda a crescente presença feminina no mercado de luxo, com projeções de que as mulheres controlem 38% dos ativos investidos nos EUA até 2030, e o impacto das listas das “Melhores Cidades para Viver”, que têm influência direta nos valores das propriedades em mercados premium.