Pinto da Costa compra joias com cartão de crédito do FC Porto

Jorge Nuno Pinto da Costa utilizou o cartão de crédito do FC Porto para comprar joias, sendo que as compras foram colocadas como tendo sido despesas de representação e surgem como “material desportivo”, denunciou esta sexta-feira o ‘Correio da Manhã’.

A auditoria às contas da SAD azul e branca, pedida por André Villas-Boas, revelou um buraco financeiro de 59 milhões de euros durante o mandato do ex-presidente. Mas há mais: além das joias, há casos de refeições que nada tiveram a ver com o clube e gastos em hotelaria que foram cobrados à estrutura portista. Vítor Baía, antigo internacional português e ex-administrador da SAD, também é visado por diversas despesas indevidamente pagas.

Os dados da auditoria vão agora para o Ministério Público para aferir a possibilidade de gestão danosa: o nome dos administradores em questão foi omitido no relatório da empresa auditora, mas os dados completos vão ser entregues às autoridades.

De acordo com o jornal diário, nas últimas nove épocas há várias despesas de representação dos administradores da SAD suspeitas: desde obras em escritórios até pagamentos de obras de arte cobrados ao FC Porto.

A auditoria trouxe a público as ligações ‘privilegiadas’ entre FC Porto e a claque Super Dragões: só em cinco jogos, a SAD azul e branca teve perdas de 336 mil euros em bilhetes cedidos aos Super Dragões, devido a bilhetes cedidos gratuitamente e depois vendidos por Fernando Madureira.

Na época 2023/2024, o aniversário dos Super Dragões calhou no jogo FC Porto-Portimonense, o que representaria um custo de 7.846 euros: no entanto, foram distribuídos bilhetes para a receção ao Barcelona, com um custo de 86 mil euros. O mesmo em épocas anteriores, em que foi sempre escolhido um jogo contra o Benfica. Na época 2018/2019, tal representou uma despesa 58 mil euros. O jogo deveria ter sido contra o Tondela e seriam apenas gastos mil euros.