Patrões do Minho veem OE2025 como “positivo para a economia”, mas insuficiente para impulsionar o crescimento empresarial

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) saudou a proposta do Orçamento do Estado para 2025 apresentada pelo Governo, considerando-a um “sinal positivo para a economia”, sobretudo pela trajetória de redução de impostos sobre o trabalho e as empresas.

Contudo, a associação aponta falhas na ambição e simplicidade das reformas necessárias para gerar um impacto real e duradouro no tecido empresarial português.

A AEMinho aplaude medidas como o IRS Jovem, que visa atrair e fixar talento no país, enviando uma mensagem de esperança às gerações mais jovens. No entanto, considera que a proposta fica aquém ao nível da simplificação de impostos indiretos e das políticas de formação e recapacitação laboral, essenciais para o desenvolvimento das empresas e dos trabalhadores.

Relativamente à descida do IRC em 1%, a AEMinho considera que a medida terá um impacto praticamente nulo, insuficiente para atrair investimento e libertar recursos necessários para inovação, formação e melhoria das condições dos colaboradores. A associação defende uma redução mais agressiva, especialmente em setores estratégicos como a tecnologia e a exportação, como forma de promover a competitividade internacional.

Outro ponto de preocupação prende-se com a falta de incentivos robustos para inovação, investigação e desenvolvimento (I&D) e a expansão das grandes empresas. Segundo a AEMinho, o foco excessivo nas pequenas e médias empresas (PME) deixa de lado a necessidade de apoiar o crescimento de empresas de maior dimensão, o que pode limitar a capacidade de Portugal competir no cenário internacional.

Além disso, a associação lamenta a indefinição em torno da proposta de redução do IVA na construção, sublinhando que a incerteza prejudica o investimento num momento em que o país necessita de aumentar a oferta de habitação acessível para atrair e fixar talento.

Por fim, embora reconheça os esforços na redução das taxas de tributação autónoma e nos pagamentos por conta, a AEMinho defende que o objetivo deve ser a eliminação ou redução substancial destas obrigações, que continuam a sobrecarregar as empresas.

Em conclusão, a AEMinho considera que, embora o Orçamento do Estado para 2025 apresente sinais positivos, é necessária uma reformulação mais ambiciosa e estruturada para promover um crescimento económico sólido e sustentável.

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