Paris torna-se primeira capital europeia a proibir aluguer de trotinetes elétricas

Paris torna-se, esta sexta-feira, a primeira capital europeia a proibir o aluguer de trotinetes elétricas, no âmbito da promessa da câmara municipal local de “acalmar” as ruas – cinco anos depois de a capital francesa se ter tornado a primeira cidade da Europa a abrir-se ao mercado de e-scooters partilhadas, esta quinta-feira foi carregada para camiões a última das 15 mil trotinetes, marcando o fim de uma era.

A experiência destes cinco anos em Paris, onde as trotinetes podiam ser deixadas em qualquer lugar e recolhidas através de uma aplicação móvel, teve uma utilização muito elevada – muitas vezes por menores de 35 anos e estudantes – mas repleta de controvérsia.

Durante anos, os políticos alertaram para as preocupações com a segurança, o stress para os peões e o entupimento das ruas das cidades por trotinetas estacionadas e amontoadas, bem como para questões sobre o impacto positivo que as trotinetes realmente tiveram no ambiente. No entanto, em 2020, após denúncias do uso anárquico de trotinetes e de Paris se ter tornado uma “selva” perigosa, a cidade introduziu os regulamentos mais rígidos do mundo, limitando o número de operadores e limitando as velocidades.

Em abril último, Anne Hidalgo, autarca de Paris, convocou um referendo, com quase 90% a votar pela sua proibição – embora tenha tido uma participação de apenas 7,5%.