Os melhores (e os piores) países do mundo para criar família

O Business Insider foi analisar os melhores e os piores países para se criar uma família e chegou à conclusão que a pandemia evidenciou (ainda mais) as dificuldades que os trabalhadores com filhos enfrentam, tanto nos empregos, como nas tarefas domésticas e nos cuidados infantis.

Para elaborar o ranking dos melhores e dos piores países, o site norte-americano pediu ajuda a um casal de bloggers com dois filhos, que tem uma página onde apresenta várias pesquisas sobre temáticas sociais. Foram classificados 35 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em cerca de 1000 aspectos, aos quais se deu uma pontuação global.

Segundo a classificação, os Estados Unidos são um dos piores países para se criar uma família, devido aos elevados custos de cuidados infantis e ao número de tiroteios escolares per capita.

Os bloggers classificaram então 35 países da OCDE ao analisarem cerca de 1000 factores, tais como:

  • Segurança (taxa de homicídios, número de tiroteios escolares per capita)
  • Custo (percentagem do rendimento líquido que vai para os custos dos cuidados infantis, a partir dos custos dos cuidados de saúde)
  • Felicidade (inquérito do Relatório de Felicidade Mundial, pontuação de desigualdade no índice GINI classificado pelo Banco Mundial)
  • Saúde (taxa de mortalidade materna, percentagem da população exposta à poluição atmosférica acima dos limites da Organização Mundial de Saúde)
  • Educação (taxa de matrícula escolar, leitura e desempenho matemático de crianças de 15 anos)
  • Tempo (horas médias de trabalho dos adultos por ano, conforme recolhido pela OCDE, licença de maternidade e paternidade remunerada)

Chegaram, então, à conclusão de que os cinco melhores países para criar uma família são a Islândia, a Noruega, a Suécia, a Finlândia e o Luxemburgo.

Já os cinco piores são o México, os Estados Unidos, o Chile, a Turquia e a Bulgária.

Os melhores países

1. Islândia

A Islândia recebeu uma pontuação A+ no índice de felicidade, que classificou factores como a felicidade global, relatada pelos cidadãos.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 1,05
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 5%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 28
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 3
  • Desempenho de leitura médio para crianças de 15 anos classificadas pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 474

2. Noruega

A Noruega recebeu uma classificação A+ para o índice de custos, que mede aspectos como a quantidade de dinheiro que as famílias gastam em cuidados com crianças.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 1,58
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 8%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 26,8
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 5
  • Desempenho de leitura médio para crianças de 15 anos classificadas pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 499

3. Suécia

A Suécia recebeu uma pontuação A+ no índice de saúde.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 1,20
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 5%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 24,9
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 4
  • Desempenho de leitura médio para crianças de 15 anos classificadas pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 506

4. Finlândia

A Finlândia também recebeu uma pontuação A+ no índice de saúde, que avalia, por exemplo, a saúde materna e a quantidade de poluição.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 1,58
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 20%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 27,2
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 3
  • Desempenho de leitura médio para crianças de 15 anos classificadas pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 520

5. Luxemburgo

O Luxemburgo recebeu uma pontuação A+ em segurança.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 1,05
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 5%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 30,4
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 10
  • Desempenho de leitura médio para jovens de 15 anos classificados pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 470

Os piores países

1. México

O México obteve um F no índice de segurança.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 34,1
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: sem informação
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 48,2
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 38
  • Desempenho de leitura médio para jovens de 15 anos classificados pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 420

2. Estados Unidos

Os EUA também obtiveram um F no índice de segurança.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 6,12
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 23%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 45
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 14
  • Desempenho de leitura médio para jovens de 15 anos classificados pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 505

3. Chile

O Chile recebeu um F no índice de saúde.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 4,46
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: sem informação
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 50,5
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 22
  • Desempenho de leitura médio para jovens de 15 anos classificados pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 452

4. Turquia

A Turquia recebeu uma classificação F no índice de felicidade.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 2,12
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 3%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 40,2
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 16
  • Desempenho de leitura médio para jovens de 15 anos classificados pela OCDE (sendo 538 o mais alto): 466

5. Bulgária

A Bulgária recebeu um F no índice de saúde.

  • Taxa de homicídios por 100.000 pessoas: 2,53
  • Percentagem do rendimento do agregado familiar que vai para os custos de cuidados infantis: 8%
  • Nota de desigualdade pelo índice GINI (sendo 63 a mais alta): 40,2
  • Taxa de mortalidade materna por 100.000 nados-vivos: 11
  • Desempenho de leitura médio para jovens de 15 anos classificados pela OCDE (sendo 538 o mais alto): sem informação
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