Operação Pretoriano. “Não sei porque estou preso”: Fernando Madureira recusa falar em tribunal

Fernando e Sandra Madureira estiveram esta manhã no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde se recusaram a falar. A única frase do antigo líder dos Super Dragões foi, de acordo com o ‘Correio da Manhã’, “com todo o respeito, quero dizer que não sei porque estou preso”.

A sessão, que foi realizada à porta fechada devido a possíveis desacatos, foi curta. Os arguidos garantiram à juíza Filipa Azevedo que só responderiam depois de terem sido ouvidas as testemunhas e terem sido vistos os vídeos partilhados, apesar de Fernando e Sandra Madureira terem garantido, no requerimento de abertura de instrução, que pretendiam explicar várias situações no processo no âmbito da Operação Pretoriano.

O início desta fase facultativa, que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, requerida por alguns arguidos, começou hoje no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, depois de dois adiamentos devido a greve dos oficiais de justiça.

Fernando Madureira chegou ao tribunal cerca das 9h20, sob fortes medidas de segurança, e foi saudado por familiares, enquanto Sandra Madureira entrou pela porta principal, mas sem prestar declarações. No exterior do tribunal foram colocadas duas faixas de apoio a Fernando Madureira: “Liberdade ao Macaco” e uma outra que dizia “Só os mais fortes sobrevivem, nós somos eternos”.

Em causa está a designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões “criarem um clima de intimidação e medo” numa Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada uma revisão estatutária “do interesse da direção” do clube, então liderado por Pinto da Costa.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes oito foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, apelidado de ‘Polaco’ e igualmente com ligações à claque.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.

Hugo Carneiro também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos entre um e cinco anos.

O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional ‘azul e branco’ constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano, que foi desencadeada em 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos observados na AG extraordinária do clube, tendo resultado na detenção de 12 pessoas.

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