Operação Influencer. Procurador do Supremo Tribunal já pediu informações sobre António Costa: objetivo é fechar investigação “o mais rápido possível”

O coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça já pediu ao DCIAP as escutas que envolvem António Costa assim como as pistas resultantes das buscas de 7 de novembro último, garantiu esta sexta-feira o jornal ‘Expresso’: o procurador Duarte Silva tomou o ‘caso Costa’ em mãos sobre uma possível interferência do primeiro-ministro no processo de licenciamento do centro de dados em Sines.

Recorde-se que nesse dia as equipas da PSP estiveram na residência oficial do primeiro-ministro e no espaço de trabalho de Vítor Escária: os investigadores levaram discos externos e o conteúdo do computador do ex-chefe de gabinete de António Costa. É o conteúdo destas provas que interessa a Duarte Silva, que pretende concluir a investigação “no mais curto espaço de tempo possível”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado, três dias depois das buscas, no qual esclareceu que “sem prejuízo da ocorrida autonomização, a conexão existente entre a factualidade subjacente aos dois inquéritos justifica e exige que a investigação de ambos prossiga articuladamente”. No entanto, a investigação de António Costa não tem de seguir o ritmo da que decorre no âmbito da Operação Influencer. “O procurador do Supremo pode concluir a investigação quando quiser e só ficará à espera da conclusão do outro processo se quiser.”

No comunicado, a PGR salientou que “o material probatório recolhido” nas buscas vai ser submetido a “exaustiva análise”, sendo que “as investigações prosseguirão com as necessárias diligências e celeridade, visando o seu encerramento no mais curto prazo”.

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