Operação Influencer: Data center de Sines e negócios do lítio e hidrogénio verde investigados em separado para evitar megaprocesso. PJ pronta a entrar em ação

A Operação Influencer, que abalou profundamente o cenário político português, está prestes a ver novidades no que respeita à investigação e futuro nos tribunais. O processo deverá ser dividido em dois, um que investiga as suspeitas de tráfico de influências sobre o Governo e Costa para fazer avançar o projeto do data center de Sines, e outro em que são investigados os negócios do lítio.

Para além desta divisão, segundo o Expresso, a Polícia Judiciária (PJ) poderá em breve ser chamada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) a entrar em jogo na investigação, e trabalhar em conjunto com os procuradores que investigam o caso.

Foi a PSP que levou a cabo as buscas do dia 7 de novembro na residência oficial do primeiro-ministro ou na casa de João Galamba, trabalhando diretamente para o Ministério Público (MP) no DCIAP, mas agora é uma possibilidade que o inquérito passe para a PJ.

“Seria um reforço para a investigação contar com o know-how dos operacionais e com a tecnologia da Judiciária”, diz fonte judicial ao jornal.

Enquanto a decisão não é tomada, elementos da PJ estão apenas a fazer perícias informáticas ao material que foi apreendido, como computadores e telemóveis, não fazendo investigação criminal.

A mesma fonte adianta que em causa está a falta de recursos e questões logísticas, que acabaram por ditar que a PJ não participasse: como o inquérito começou em 2019, esta força teria muito em baixo o número de quadros na Gomes Freire, sendo que entretanto foram reforçados, o que leva a que a possibilidade esteja em consideração.

Está ainda a discutir-se, no DCIAP,  que os três procuradores fiquem em exclusivo com o caso. Isto significa que um deles, Hugo Neto, teria de sair da investigação do caso EDP, e que o processo seja dividido entre um que investiga as suspeitas no âmbito do data center de Sines, e outro sobre as suspeitas nos negócios do lítio e do hidrogénio verde, que envolvem, por exemplo, o ministro do Ambiente.

O objetivo é evitar que a Operação Influencer se traduza num megaprocesso, e se “torne ingerível”.

A decisão teria ainda de ser autorizada pelo diretor do DCIAP e pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago.

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