OPEP: "Elétricos não constituem qualquer ameaça no futuro"
A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou que mesmo que exista uma ascensão no número de veículos elétricos disponíveis no futuro, estes não representarão uma ameaça para a indústria dos automóveis com motores a combustão.
A instituição que é composta por 12 estados-membros – Argélia, Angola, Equador, Irão, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela – acredita que em 2040 apenas 6% da população no mundo irá utilizar veículos não dependentes de combustíveis fósseis pelo que a preocupação com o crescimento dos veículos elétricos é diminuta. No que diz respeito aos comerciais, a percentagem será provavelmente parecida com uma estimativa a rondar os 5,3%.
Questões como a autonomia, o custo elevado dos veículos e a própria tecnologia de produção são, segundo a organização, enormes entraves logísticos que condicionam a subida de quota de mercado dos elétricos no mundo.
A falta de postos de carregamento na maioria dos países continua a ser outro dos grandes problemas para os clientes, sendo que no caso do hidrogénio, este para além de escasso é mais caro. “Provavelmente a melhor opção serão os veículos a GPL”, afirma a OPEP num comunicado que pode ser lido aqui, com mais de 300 páginas.
A organização não faz distinção entre os veículos tradicionais e os híbridos, uma vez que estes últimos beneficiam igualmente de motor a combustão associado a tecnologia elétrica, prevendo para 2040 uma quota de apenas 14%, ainda que diferenciando-os dos elétricos puros.
Nesse mesmo documento, é possível perceber ainda que a única referência feita a energias alternativas é este parágrafo mencionado pelo que a confiança extrema nos combustíveis fósseis continua a ser comum e imperativa.