Opel Astra GTC 1.6 CDTI 136 cv: fôlego redobrado!

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Aproximando-se da sua fase final em termos de comercialização, a actual geração do Astra recebeu um último fôlego para se manter competitiva no segmento C, um dos mais importantes para os construtores no Velho Continente. Trata-se do novo motor 1.6 CDTI de 136 cv, que substitui o anterior 1.7 CDTI e que se assume como uma vantagem significativa em relação a esse.
No caso em apreço, oferece a esta variante de três portas GTC um cunho mais ambivalente, aliando um lado de eficiência e economia própria de um Diesel à aura desportiva de que se reveste esta carroçaria mais musculada. A este respeito, importa referir que o Astra GTC não recebe alterações em termos estéticos, mantendo-se as linhas robustas e sólidas que caracterizam esta versão, sendo de destacar a linha de cintura elevada, a suspensão rebaixada (entre 10 a 15 mm face ao Astra de cinco portas) e as vias alargadas à frente (mais 40 mm) e atrás (mais 30 mm), numa imagem que remete para a do bem mais veloz Astra OPC.
Motor é mais-valia
Mas esta é uma versão mais refreada, que não tem as mesmas aspirações de um OPC. Aqui, o enfoque está na aliança entre eficiência e performances providenciadas pelo motor 1.6 CDTI. Com 136 cv e 320 Nm de binário máximo, este novo bloco com estrutura em alumínio foi criado de raiz para a nova geração de modelos da marca de Rüsselsheim. Adoptando uma proporção diâmetro/curso ‘quadrada’ (79,7/80,1), componentes revistos (como a bomba de água e o turbo de geometria variável) e redução dos atritos internos, este motor resulta numa utilização extremamente agradável perante qualquer tipo de necessidade.
Mais elástico no seu funcionamento do que o anterior 1.7 CDTI, o novo bloco Diesel permite maior versatilidade na condução, com o binário disponível logo a partir das 1750 rpm, mas com muito do seu impulso já extraível em redor das 1500 rpm.
Associado a caixa manual de seis velocidades, com escalonamento adequado, o 1.6 CDTI mostra-se lesto nas prestações que oferece, mostrando ambivalência valiosa: tanto pode servir para viagens tranquilas em velocidade de cruzeiro, para poupar combustível, como pode assumir um cunho mais desportivo, com acelerações (10,2 segundos) e recuperações de bom nível, mesmo que não seja um velocista nato. Desta forma, o novo bloco assume-se como uma proposta de alto nível, capaz de oferecer um lado um pouco mais desportivo quando necessário, mas também poupado para utilização quotidiana.
FlexRide ajuda dinâmica
O comportamento também é um predicado positivo, tirando bom partido do eixo dianteiro com solução HiPerStrut, que procura eliminar os efeitos do denominado ‘torque steer’ e melhorar a precisão da direcção, objectivos que se podem considerar alcançados nesta versão de 136 cv. O eixo traseiro com barra de torção e estrutura de Watt específico para o GTC  melhora a estabilidade direccional, conseguindo fazer com que o Astra curve sempre com segurança.
Nota, também, para o sistema opcional FlexRide (850 euros), o qual permite explorar o chassis de uma outra forma, providenciando três opções de condução: Normal, Tour e Sport. Cada configuração tem o condão de alterar os padrões de funcionamento da direcção e do amortecimento, variando entre uma utilização mais orientada para o conforto (Tour) e para o lado desportivo (Sport). Esta última torna a experiência dinâmica mais apelativa, mas não sendo extremista, pode até ser usada na maior parte das vezes. Um opcional que se pode considerar, sem grandes receios, como imprescindível.
Tanto mais que a suspensão, mesmo rebaixada e combinada com as belíssimas jantes de 19” opcionais (600 euros), está em bom nível na absorção das irregularidades do asfalto.
Contudo, a dinâmica geral e a eficácia do conjunto propulsor só não são mais interessantes porque o peso do Astra GTC não o permite. Isto porque esta versão regista um peso total de 1540 kg, algo que a futura geração se apresta a corrigir. Com consumo médio anunciado de 4,1 l/100 km, o nosso ensaio revelou um valor mais realista de 5,6 l/100 km, que não deixa de ser um registo interessante para um modelo Diesel com esta potência.
No interior, os bancos dianteiros desportivos oferecem um óptimo suporte ao corpo, sendo ainda de destacar a construção sólida de todos os elementos, mesmo que o desenho e a configuração não disfarcem já a idade do modelo. Sobretudo, ao nível da consola central, onde predomina uma panóplia de botões e comandos, exigindo muito tempo de habituação. O espaço no habitáculo também está em bom nível, mesmo atrás, com boa acessibilidade (para um modelo de três portas), mostrando boa versatilidade em termos de funcionalidade para famílias pequenas. O único senão prende-se com a pouca luminosidade atrás, algo que é explicado pelas janelas de pequenas dimensões.
Com o novo Astra já ao virar da esquina (será apresentado em Frankfurt e chegará ao mercado nacional ainda este ano), esta versão GTC afigura-se como uma proposta a ter em conta para quem procura um modelo com imagem agressiva, bem equipado e eficiente graças a um motor Diesel de última geração capaz de proporcionar uma condução agradável e já empenhativa ao condutor.
FICHA TÉCNICA

EQUIPAMENTO
SÉRIE
Airbags dianteiros, laterais e de cortina
Controlo de Tracção e de Estabilidade (ESP)
Assistência ao arranque em subida
ABS
Volante desportivo em pele com comandos integrados
Banco do passageiro regulável em altura
Bancos traseiros rebatíveis assimetricamente
Espelho interior anti-encandeamento automático
Spoiler traseiro na cor da carroçaria
Apoio de braço dianteiro
Ar condicionado manual
Alavanca de velocidades em pele
Espelhos retrovisores eléctricos, aquecidos
Alavanca de velocidades desportiva em pele
Sensor de luz + Luzes diurnas
Sensor de chuva
Faróis de nevoeiro
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Rádio CD 600 IntelliLink c/ tomadas USB e Aux., Bluetooth e ecrã táctil de 7″
6 altifalantes
Cruise control
Sistema ISOFIX
Computador de bordo
Jantes em liga leve de 18″
Suspensão desportiva (chassis rebaixado em 15 mm)
Bancos desportivos