OMS reúne de emergência esta quarta-feira para avaliar se ressurgimento da epidemia Monkeypox merece alerta internacional
Esta quarta-feira, 14 de agosto, um grupo de especialistas independentes nomeados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) reunirá virtualmente para avaliar se o surto de Mpox em África deve ser classificado como uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês).
O comitê de especialistas irá aconselhar o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre a necessidade de declarar o mpox como uma emergência global e as recomendações que devem ser emitidas para gerir a propagação da doença. Esta decisão será crucial para determinar as próximas etapas na resposta ao surto e a coordenação de esforços internacionais para conter a doença.
A OMS confirmou no dia 9 de agosto que os fabricantes de vacinas agora podem solicitar uma licença de emergência à organização, o que permitirá que grupos internacionais, como a UNICEF e a Gavi, a Aliança das Vacinas, adquiram e distribuam as vacinas. Esta medida visa acelerar a resposta ao surto e assegurar que as vacinas sejam disponibilizadas de forma eficaz nas áreas afetadas.
Em junho, a Bavarian Nordic enviou 15.000 doses de sua vacina para a República Democrática do Congo (RDC), onde a maioria dos casos de mpox foi detectada. Apesar disso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África) tem pedido “solidariedade global”, destacando que a região necessita de 10 milhões de doses de vacina, mas atualmente tem acesso a apenas 200.000. O CDC África também confirmou que irá considerar a declaração de uma emergência continental esta semana.
O vírus de mpox foi reportado em pelo menos 13 países africanos este ano. No último mês, quatro países – Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda – reportaram casos de mpox pela primeira vez. Até agora em 2024, foram registadas 517 mortes entre 17.541 casos confirmados e suspeitos de mpox.
A preocupação com o surto aumentou nas últimas semanas após a disseminação de uma nova e mais letal estirpe do vírus de mpox da RDC para países vizinhos. A decisão do comitê de especialistas poderá ter um impacto significativo na resposta global ao surto e na coordenação de esforços para mitigar a propagação da doença.