O homem mais rico do mundo foi processado. Elon Musk comprou ações do Twitter a preços “artificialmente baixos”

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) entrou com um processo contra Elon Musk, acusando-o de não divulgar adequadamente a sua propriedade de ações do Twitter (atual X), em violação das leis federais. A ação judicial, apresentada na terça-feira, alega que a omissão permitiu ao homem mais rico do mundo adquirir ações da plataforma a preços “artificialmente baixos”.

De acordo com o processo, Musk começou a comprar ações do Twitter em 2022, atingindo mais de 5% de participação na empresa em meados de março. Segundo a lei, ele deveria ter comunicado essa posição à SEC em até 10 dias úteis, mas só o fez em 4 de abril, quase um mês depois, explica a CNN.

A SEC argumenta que, caso Musk tivesse feito a divulgação no prazo legal, o preço das ações teria subido significativamente, o que teria beneficiado os investidores. No entanto, ao manter as compras em sigilo, Musk conseguiu pagar menos pelas ações, prejudicando os acionistas em mais de 150 milhões de dólares, segundo a queixa.

O processo também destaca que, até 24 de março de 2022, Musk havia aumentado a sua participação para mais de 7%, comprando milhões de ações adicionais nos dias seguintes.

Em resposta, o advogado de Musk, Alex Spiro, afirmou à CNN que o processo é “infundado” e representa uma “campanha de assédio de vários anos da SEC” contra o empresário. Spiro descreveu a acusação como uma “infração administrativa” que, mesmo se comprovada, acarretaria apenas uma penalidade nominal.

Musk tem tido um relacionamento conturbado com a SEC, sendo alvo de várias investigações relacionadas às suas atividades empresariais. Em dezembro passado, a agência exigiu que ele pagasse uma multa para resolver acusações relacionadas com a aquisição das ações do Twitter, mas o valor da penalidade não foi divulgado.