Novas imagens mostram grau de destruição do navio russo atingido após ataque da Ucrânia

Surgiram esta segunda-feira as primeiras imagens do submarino russo ‘Rostov on Don B-237’ alvo do ataque alegadamente de Kiev na doca seca do estaleiro de Sevastopol, no passado dia 13 – potencialmente o maior ataque contra alvos navais russo no conflito.

De acordo com a agência de notícias estatal ‘RIA Novosti’, o Ministério da Defesa russo garantiu que os dois navios – ao qual acresce o grande navio de desembarque da classe Ropucha, o ‘Minsk’ – sofreram danos mínimos após o ataque ucraniano e vão continuar o serviço normal. No entanto, as fotos tornadas online contradizem a mensagem de Moscovo: nelas é possível ver as enormes brechas no casco do submarino e sinais de incêndio interno.

Os analistas acreditam que qualquer esforço para colocar o submarino de volta em serviço provavelmente levará muitos anos e custará centenas de milhões de dólares – tamanhas reparações tornam preferível construir um novo barco da mesma classe de raiz.

O submarino sofreu dois ataques: o primeiro, localizado na proa superior, já havia sido identificado por especialistas através de imagens de satélite. O segundo, até então desconhecido, atingiu o lado direito da embarcação, numa área atrás da torre de comando. Segundo o analista naval independente norueguês Thor Are Iversen, “ambos os golpes penetraram no casco forte do submarino. Como resultado, os compartimentos de torpedos e alojamento foram danificados, bem como possivelmente as salas auxiliares atrás este último e as baterias”.

O ‘Rostov on Don’ é um submarino de 2.300 toneladas quando na superfície e 3.040 toneladas quando submerso. Mede 76,2 metros de comprimento e tem um calado de 6,5 metros. O submarino utiliza um sistema de propulsão diesel-elétrico, composto por dois geradores a diesel de 1.000 kW e um motor de propulsão que gera entre 5.500 e 6.800 CV. Pode atingir velocidades de entre 10 e 12 nós na superfície e de 17 a 25 nós quando submerso. Por último, pode operar até 45 dias e tem profundidade máxima de teste de 300 metros.

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