“No final desta semana, deveremos ter uma ideia muito mais clara das tendências económicas, inflacionistas e monetárias para 2024”, antecipa o Diretor-Geral da Ebury
Esta semana promete ser cheia de volatilidade nos mercados cambiais, com vários indicadores e reuniões dos bancos centrais a marcarem a agenda monetária internacional.
Realiza-se última reunião do ano de cada um dos principais bancos centrais: a Fed na quarta-feira e o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco de Inglaterra na quinta-feira. Por último, os índices PMI da atividade empresarial de novembro para o Reino Unido, EUA e Europa serão divulgados na sexta-feira.
“No final desta semana, deveremos ter uma ideia muito mais clara das tendências económicas, inflacionistas e monetárias para 2024”, diz David Brito, Diretor-Geral da Ebury, em declarações à Executive Digest.
A semana passada foi marcada por notícias desanimadoras sobre a economia da Zona Euro. “O BCE deverá manter-se estável na sua reunião de dezembro, na quinta-feira. Os mercados aumentaram a probabilidade de um corte nas taxas de juro já em março, resta saber se as comunicações do BCE vão em linha com esta ideia. Embora seja muito mais cedo do que as expectativas de cortes de outros bancos centrais, as más notícias económicas parecem justificar uma política cautelosamente dovish do BCE, desde que a tendência desinflacionária continue”, explica a Ebury.
No que respeita a divisas, explica que a moeda com a melhor performance na semana passada foi o iene japonês, com o Banco do Japão a dar sinais de que está pronto para começar o ciclo de aperto à política monetária. Além do iene, verificou-se uma forte recuperação por parte do dólar americano, na sequência de um relatório de trabalho muito forte, “que sugere que a Reserva Federal não irá cortar as taxas tão cedo”.