
Nestlé em alerta após encontrar herbicida em grãos de café
Depois de ter sido descoberto glifosato em amostras de cafeeiros de vários países, a níveis praticamente acima dos limites legais, a Nestlé vai reforçar a monitorização das práticas dos seus fornecedores.
De acordo com a “Bloomberg”, os procedimentos visam principalmente os produtores de café da Indonésia e do Brasil. Entram em vigor a 1 de Outubro, porém, segundo a multinacional, trata-se de uma «solução temporária».
Mas já há algum tempo que os brasileiros enfrentam restrições da Europa, onde o uso de glifosato é mais restritivo, disse Edimilson Calegari, director-geral da Cooabriel, a maior cooperativa de café do Brasil. E garantiu: «Estamos a trabalhar com os nossos colaboradores para para atender às exigências da Europa, mais rigorosa que a maioria, incluindo os Estados Unidos».
Este herbicida, que a Organização Mundial de Saúde identificou como uma substância «provavelmente cancerígena», continua a ser a escolha de muitos agricultores. É também muito utilizado na eliminação de ervas daninhas.
No ano passado, recorde-se, a empresa de agroquímica Monsanto, do grupo Bayer, foi multada por não ter prestado informações sobre os riscos associados ao glisofato. A empresa foi condenada ao pagamento de 290 milhões de dólares a um jardineiro norte-americano que contraiu cancro após exposição prolongada a este químico.