Natal em ‘stand-by’ na Europa. Estes países advertem que ainda é cedo para planear a quadra

A seis semanas da época festiva, estão em vigor, em vários países europeus, confinamentos e outras restrições à atividade e mobilidade das pessoas. Neste contexto, alguns países europeus já advertiram que é demasiado cedo para planear o Natal, uma vez que os casos de Covid-19 continuam a aumentar por todo o continente.

Na Suécia, foi comunicado à população que se prepare para possíveis restrições de viagem durante o período de férias. O governo sueco vai também proibir a venda de álcool depois das 22 horas em bares, restaurantes e estabelecimentos noturnos – uma medida que entra em vigor a partir de 20 de novembro.

O principal epidemiologista sueco, Anders Tegnell, disse aos cidadãos para se prepararem para a possibilidade de serem implementadas restrições a viagens entre diferentes áreas durante o período natalício, para que os serviços regionais de saúde não fiquem sobrecarregados.

O perito acrescentou que os suecos precisavam de estar preparados para que a situação pudesse mudar “mesmo antes do Natal”. Tegnell disse ainda que “a grande maioria” dos novos casos têm origem em festas ou ajuntamentos ‘privados’.

Entretanto, na Irlanda, o vice-primeiro-ministro, Leo Varadkar, ainda não aconselhou os cidadãos irlandeses que vivem no estrangeiro a reservar voos para casa, acrescentando que era “demasiado cedo” para dar tal conselho.

Também em França, o primeiro-ministro, Jean Castex, afirmou que ainda não podia dizer se as pessoas podiam planear viagens no Natal.

Esta quinta-feira, o governante informou que o confinamento vai continuar nos próximos 15 dias, mantendo-se abertos apenas os comércios considerados essenciais. “Seria irresponsável suavizar agora o confinamento”, disse numa conferência de imprensa.

Ao abrigo das restrições, os franceses só podem deixar as suas casas para ir trabalhar, comprar bens essenciais, procurar ajuda médica ou fazer exercício durante uma hora por dia. Todas as lojas, restaurantes e bares não essenciais estão fechados, mas as escolas e creches permanecem abertas.

Em Portugal, António Costa clarificou esta quinta-feira as limitações à circulação nos próximos dois fins-de-semana nos concelhos de maior risco de contágio e anunciou que mais 77 municípios passam a integrar a lista a partir de segunda-feira.

Costa também avisou que o Natal será diferente. “As famílias têm de se preparar para celebrar o Natal de forma diferente”. “Não vamos poder estar todos juntos e vamos ter de nos repartir. As famílias maiores vão ter de o fazer. Não é possível esse ajuntamento sem risco de transmissão”, sublinhou, depois da reunião do Conselho de Ministros.

Com seis semanas até à época festiva, estão em vigor, em vários países europeus, confinamentos e outras restrições à atividade e mobilidade das pessoas.