Natal dos britânicos continua por definir. «É demasiado cedo» para ter resultados do confinamento, avisa Hancok

O Secretário de Estado da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, avisou esta segunda-feira que é ainda “demasiado cedo” para saber se o número de casos de covid-19 caiu o suficiente para levantar o confinamento no país a 2 de dezembro.

De acordo com o responsável, “a maioria” dos testes positivos que estão a surgir agora tiveram, provavelmente, origem antes do início do confinamento nacional. Segundo as autoridades de saúde britânicas, “se a medida estiver a funcionar” então o número de infeções deve começar a cair “durante a próxima semana”.

Matt Hancock informou ainda que o governo britânico “espera poder substituir o confinamento nacional por um sistema escalonado” no próximo mês, mas acrescentou que ainda é cedo, já que pode colocar o Natal ‘em perigo’.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deixou claro que o regulamento que sustenta o confinamento nacional ‘expira’ a 2 de dezembro e os deputados terão uma palavra a dizer sobre o que acontecerá a seguir. Contudo, se o número de casos ainda for elevado à medida que o prazo de quatro semanas se aproximar do fim, então Johnson pode voltar a prolongar a restrição.

Hancock deu nota que também é “demasiado cedo para ver nos dados o impacto do segundo confinamento”. “Mas esperamos poder substituir o bloqueio nacional por um sistema de níveis semelhante ao que tínhamos anteriormente. Mas é claro que estamos a avaliar isso e a avaliar como podemos garantir que será eficaz”, resumiu.

Com quase 52.000 mortes de pessoas com teste positivo para a covid-19, o Reino Unido é o país mais afetado pela pandemia na Europa. A Inglaterra vive atualmente o seu segundo confinamento, previsto para terminar a 2 de dezembro, após quatro semanas.

Boris Johnson, que está em quarentena após entrar em contacto com uma pessoa infetada, garantiu que se está a sentir “muito bem”, depois de adoecer gravemente doente com covid-19 em abril.