Nasceu o primeiro bebé do mundo através de tecnologia revolucionária que amadurece óvulos fora do corpo da mãe
A medicina reprodutiva atingiu, esta quinta-feira, um novo marco: de acordo com a publicação espanhola ’20Minutos’, tudo graças a uma tecnologia pioneira desenvolvida pela empresa de biotecnologia Gameto, que permitiu que, pela primeira vez, um bebé tivesse nascido com células de suporte ovariano (OSC) – esta inovação promete transformar os tratamentos de fertilidade.
Esta conquista histórica ocorreu na Clínica Santa Isabel, em Lima (Peru), e aumentou as expectativas sobre o seu impacto em milhões de famílias que enfrentam problemas reprodutivos.
Atualmente, os métodos de fertilização in vitro (FIV) são frequentemente invasivos e dependem de elevados níveis de estimulação hormonal, o que pode levar a efeitos secundários adversos, como stress, problemas renais e alterações na coagulação sanguínea.
No entanto, a nova técnica da empresa de biotecnologia, chamada Fertilo, representa uma mudança radical nesse paradigma.
Este procedimento utiliza células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC) para gerar células ovarianas que imitam o ambiente natural do corpo, permitindo que os óvulos amadureçam em laboratório. Desta forma, as injeções hormonais necessárias nos tratamentos tradicionais são reduzidas em até 80% e encurtam os ciclos de estimulação para apenas três dias.
Além de simplificar o procedimento, a técnica reduz significativamente os riscos associados à hiperestimulação ovariana e outros efeitos adversos. Segundo a Gameto, os resultados são comparáveis em eficácia aos da fertilização in vitro convencional, mas com menos complicações e menor custo potencial.
Já aprovada em países como Austrália, Japão, Argentina e México, a tecnologia Fertilo está em fase de testes nos Estados Unidos. Este avanço poderá democratizar os tratamentos de fertilidade, oferecendo uma alternativa mais segura e acessível a milhões de pessoas em todo o mundo.