Motor Internacional do Ano: quem ganhou o quê
Num concurso que já se tornou amplamente reconhecido pelas marcas automóveis a nível mundial, a revista Engine Technology International voltou a eleger os melhores motores do ano em diversas categorias.
Desde 1999 que a dimensão e importância destes prémios têm crescido no seu estatuto, com os grandes fabricantes de automóveis a concorrerem com as suas mais recentes criações tecnológicas em termos de motores para tentarem vencer um dos prémios deste concurso. Não só por uma questão de reconhecimento do empenho técnico em cada unidade, mas também pela vertente mediática que a entrega de um galardão destinado a reconhecer os motores mais evoluídos acarreta.
Assim, tal como em anos anteriores, os Prémios do Motor Internacional do Ano 2015 voltaram a contar com um júri composto por alguns dos mais reputados jornalistas internacionais, num total de 65 membros oriundos de 31 países.
BMW 1.5 de três cilindros foi ‘rei’
Na edição de 2015, a grande vitória coube ao conjunto formado pelo bloco 1.5 litros de três cilindros (231 cv) e motor eléctrico (132 cv) do BMW i8, o desportivo híbrido ecológico que recebeu bastantes elogios desde o seu lançamento. Com efeito, trata-se de uma conjunto propulsor de grande eficiência, capaz de entusiasmar pela performance dos 362 cv e pelo grande pelo vigor nas respostas, sendo capaz de rivalizar com o mais tradicional Porsche 911. A aceleração dos 0 aos 100 km/h cumpre-se em meros 4,5 segundos, mas mais relevantes são os dados dos consumos e das emissões – 2,1 l/100 km e 49 g/km de CO2, respectivamente.
Tratou-se também da luta mais renhida de sempre nestes prémios pelo primeiro lugar, com o conjunto da BMW a levar de vencida o multi-premiado motor 1.0 EcoBoost da Ford, galardoado com este mesmo prémio nas três edições anteriores. No final, sete pontos separaram estes dois motores, com vantagem para o desenvolvido na Baviera. Na terceira posição quedou-se mais um bloco de três cilindros, desta feita oriundo da PSA Peugeot Citroën, na forma do 1.2 PureTech turbo.
O conjunto do BMW i8 foi também o mais votado na categoria de motores entre os 1.4 e os 1.8 litros de cilindrada e na destinada a reconhecer o melhor Novo Motor do ano, superando o V8 de 4.0 litros bi-turbo da AMG (462 cv, 476 cv e 510 cv).
EcoBoost mantém senda vencedora
Mas se perdeu a ‘coroa’ dedicada ao motor mais inovador neste concurso, o bloco 1.0 EcoBoost (100 cv, 125 cv e 140 cv) acabou por destacar-se na categoria Sub-1 Litro, arrebatando a primeira posição com 444 pontos contra 176 do motor Ecotec turbo de três cilindros (90 cv e 115 cv) do grupo General Motors.
Na categoria dedicada aos motores com capacidades entre 1.0 e 1.4 Litros, o triunfo foi para o motor 1.2 PureTech (110 cv e 130 cv) da PSA Peugeot Citroën, ficando na frente do 1.4 TSI (150 cv, 160 cv e 180 cv) do grupo Volkswagen. A Mercedes-Benz também levou um prémio para Estugarda, com o bloco AMG de 2.0 litros turbo de 360 cv a vencer na classe dedicada aos motores entre os 1.8 litros e os 2.0 litros, enquanto outra marca germânica, a Audi levou de vencida a categoria entre os 2.0 litros e os 2.5 litros com o bloco 2.5 turbo (340 cv e 367 cv) de cinco cilindros em linha, na frente do 2.2 da Mazda (150 cv e 175 cv).
A BMW foi também distinguida na classe destinada aos motores com capacidade entre os 2.5 litros e os 3.0 litros, com a unidade de 3.0 litros e seis cilindros dos M3 e M4 (431 cv).
McLaren e Ferrari também vencem
Subindo na escala, a McLaren venceu na classe destinada aos motores entre os 3.0 litros e os 4.0 litros, com o seu bloco V8 de 3.8 litros bi-turbo (625 cv, 650 cv e 675 cv), ao passo que a Ferrari dominou com dois motores nos lugares cimeiros da classe acima dos 4 litros de cilindrada. O prémio foi para o bloco V8 de 4.5 litros (570 cv e 605 cv), montados nos 458 Italia e 458 Speciale, surgindo na frente do V12 de 6.3 litros (740 cv) do F12 Berlinetta. Aquele mesmo motor V8 de Maranello voltou também a receber a pontuação mais alta na classe destinada a eleger o melhor Motor de Performance, vencendo o 4.0 AMG bi-turbo.
Na categoria destinada a enaltecer o melhor motor ‘Verde’, ou seja, o mais ecológico, as honras foram para a Tesla com os seus motores eléctricos criados para a gama Model S, com variantes de 380 cv, 385 cv e 700 cv para o mais extremo P85D. Em segundo ficou o conjunto já mencionado do BMW i8.