Mortes por covid-19 nos EUA atingem novo máximo. Investigadores detetam duas novas variantes em Ohio

Os Estados Unidos registaram um novo ‘recorde’ de mortes esta quarta-feira: 4470 nas últimas 24 horas, marcando o dia mais mortífero da pandemia no país. Paralelamente, foram detetadas duas novas variantes no estado norte-americano do Ohio.

É a terceira vez na última semana que as mortes por covid-19 excedem as 4000 num só dia. Assim, a média semanal de óbitos por dia aumentou 26% em relação à semana passada, de acordo com uma análise da CNBC com base nos dados da Universidade Johns Hopkins.

Até agora, quase 35 mil pessoas morreram só em janeiro, que deverá tornar-se o mês mais mortífero da pandemia nos Estados Unidos.

Os EUA relataram mais de 22,8 milhões de casos, no total, e as infeções continuam a aumentar na maioria dos estados todos os dias.

O ‘salto’ no número de infeções surge numa altura em que um grupo de investigadores em Ohio diz ter descoberto duas novas variantes do coronavírus que provavelmente tiveram origem nos Estados Unidos, sendo que uma delas rapidamente se tornou a estirpe dominante em Columbus, em Ohio, desde o final de dezembro e início de janeiro.

Tal como a estirpe detetada pela primeira vez no Reino Unido, estas mutações parecem tornar o coronavírus mais contagioso e ainda não é certo se diminuem ou não a eficácia das vacinas. O estudo sobre as duas variantes detetadas em Ohio ainda está em curso.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA também estão a rever a investigação sobre as novas estirpes. Entretanto, foram emitidas novas diretrizes, que expandem a elegibilidade da vacina a todas as pessoas com 65 ou mais anos, bem como às pessoas com comorbilidades (doenças que coexistem com outras), como diabetes e doenças cardíacas.

Até agora, a maioria dos estados norte-americanos tem-se concentrado na vacinação dos profissionais de saúde e residentes em lares de idosos, no entanto, isso criou uma acumulação de pessoas que estão à espera para receber a vacina.

Os EUA já distribuíram mais de 27,6 milhões de doses, mas só administraram cerca de 9,4 milhões de doses, de acordo com dados do CDC. O principal epidemiologista do país, Anthony Fauci, disse que o governo federal tinha sido “um pouco rígido demais” quando limitou as doses iniciais apenas a um pequeno grupo de pessoas.