Montenegro declara património milionário: primeiro-ministro recebe cerca de 9.250 euros mensais

O primeiro-ministro Luís Montenegro declarou à Entidade para a Transparência (EpT) um património financeiro e imobiliário de valor superior a 1,17 milhões de euros, revela esta quinta-feira o ‘Correio da Manhã’.

Na declaração surge discriminado o valor do seu património financeiro e imobiliário: o responsável social-democrata tem, na conta à ordem e em investimentos financeiros mais de meio milhão de euros (529 mil euros), assim como detém cinco prédios urbanos e 49 prédios rústicos, avaliados em mais de 641 mil euros, o valor que o Fisco determinou para efeitos de pagamento de IMI.

O primeiro-ministro declarou ter tido rendimentos anuais de várias origens, que perfazem 129.490 euros – ou seja, uma média de cerca de 9.250 euros mensais, durante 14 meses. Luís Montenegro obteve rendimentos da seguinte origem: comerciais e industriais, no valor de 67.484 euros; do PSD, 48.456 euros; de outros rendimentos, 6.250 euros; da Spinumviva, 4.800 euros; do trabalho independente, 2.500 euros.

A EpT é a entidade que recebe e fiscaliza as declarações de património e rendimentos dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, substituindo o Tribunal Constitucional: Luís Montenegro tornou-se o primeiro chefe do Governo no exercício em funções a entregar a sua declaração, agora feita de forma eletrónica e não manuscrita, a este organismo.

A principal fonte de património financeiro de Luís Montenegro diz respeito a carteiras de títulos, nas quais estão investidas verbas de mais de 476 mil euros em ações e obrigações de empresas – já no património imobiliário, o valor mais elevado equivale à moradia que construiu em Espinho, que o Fisco atribuiu um valor patrimonial tributário de mais de 574 mil euros.

Por último, Montenegro declarou ter 49 prédios rústicos: 46 em Bragança e três em Resende, regiões de pequena propriedade rural: estes terrenos terão sido herdados da família e o Fisco atribuiu, para efeitos de pagamento de IMI, um valor patrimonial tributário total de 2.247 euros. Desses terrenos, 17 sitos em Bragança estão avaliados em menos de um euro cada.

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