Ministra da Saúde defende que devem ser testados todos os contactos com casos positivos

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta quarta-feira na Assembleia da República que na nova estratégia de testagem à covid-19 devem ser considerados todos os contactos com casos positivos, sejam de risco ou não, e que os testes devem realizados de forma gratuita e sem prescrição médica.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) quer intensificar as ações de rastreio e contactos com casos positivos, para detetar com antecedência as cadeias de contágio. Trata-se de uma proposta que será apresentada ainda esta semana ao Ministério da Saúde

Entre as orientações pedidas à DGS, Marta Temido destaca que, além de ser considerado todo e qualquer contacto, deve também ser ponderado o tipo de teste a realizar em cada caso, e deve ainda ser conseguida a extensão dos testes grátis e sem prescrição médica aos setores de atividade que não pararam durante a pandemia.

Marta Temido adiantou também que “até à data” foram realizados “7,6 milhões de testes [à covid-19] realizados no nosso país”, o que inclui tanto os testes PCR como os de antigénio (testes rápidos).

Segundo a governante, a capacidade de rastreio dos casos de covid-19 quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. “Fizemos mais testes quando tivemos mais incidência da doença”, adiantou.

“Precisamos de garantir que mantemos um número elevado de testes, independentemente da incidência da doença”, disse Marta Temido, que está a ser ouvida esta quarta-feira de manhã numa audição na Assembleia da República com os partidos.

“[Quero] referir também o reforço da capacidade de rastreio das autoridades de saúde pública, quer através da mobilização de funcionários da administração central e local, estudantes e de elementos das forças de segurança e armadas. A 13 de dezembro, o número de profissionais equivalentes a tempo integral a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427, e em 4 de fevereiro ultrapassavam os 1100”, afirmou.

A taxa de positividade nos testes “ainda é elevada” atualmente, disse a governante, revelando que o número de ontem era de “13,7%”. No entanto, a ministra lembra que já houve taxas mais elevadas, bem como mais baixas e que, por isso, “ainda há muito caminho para fazer aqui”.

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