Ministério Público instaura inquérito a acidente em Odemira que vitimou um bombeiro
O Ministério Público já abriu um inquérito ao acidente de Odemira, no passado dia 1, que vitimou um bombeiro – com outros quatro feridos, três dos quais em estado grave -, avançou esta quarta-feira a ‘CNN Portugal’. O inquérito surgiu depois de a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, ter ordenado à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) um inquérito urgente às viaturas adquiridas no mesmo lote do carro que sofreu o acidente.
Em causa, de acordo com a Liga de Bombeiros Portugueses, estão 81 viaturas – autotanques e viaturas florestais -, adquiridas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e entregues pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). A ministra deu instruções à ANEPC para que estes veículos fossem retirados de circulação até nova ordem.
Recorde-se que as causas do despiste do veículo de combate a incêndios dos Bombeiros de Odemira, no distrito de Beja, estão também a ser investigadas pela proteção civil e pela GNR, disse o comandante da corporação. “Há uma inspeção própria da área da Autoridade [Nacional de Emergência e Proteção Civil], que é a proprietária da viatura, e também do Núcleo de Investigação Criminal [de Acidentes de Viação] da GNR, [que] está a avaliar desde o próprio dia do acidente”, afirmou Luís Oliveira.
Em declarações à agência Lusa, o comandante dos Bombeiros de Odemira garantiu que “nunca houve queixas de segurança” relativas a esta viatura de combate a incêndios.
Os elementos da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) de Odemira, composta por cinco elementos, foi chamada a intervir “numa queimada autorizada” em Saboia, no interior do concelho de Odemira, que “se descontrolou”, explicou o presidente da associação humanitária.
“Tinham feito [o trabalho] e regressavam a casa” quando o veículo de combate a incêndios se despistou provocando ferimentos aos cinco bombeiros, explicou o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Odemira, António Camilo. Deste acidente resultaram outros três feridos graves, um dos quais foi transportado para o Hospital de Santa Maria, também em Lisboa, enquanto os outros dois foram levados para o Hospital de Portimão.
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