Ministério da Educação aumenta apoio à deslocação dos professores: conheça os novos números

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação destacou, esta segunda-feira, as suas negociações com as estruturas sindicais representantes dos professores, nas quais foi apresentada uma nova proposta de apoio à deslocação de docentes, “uma das medidas do Governo para combater o elevado número de alunos sem aulas”.

“A nova proposta prevê um incentivo de 150 euros para os professores colocados entre 70 e 200 quilómetros do seu domicílio fiscal, de 300 euros entre 201 e 300 quilómetros, e de 450 euros quando colocados a mais de 300 quilómetros”, revela, em comunicado, o ministério liderado por Fernando Alexandre, salientando que este apoio “será pago ao longo de 11 meses e aplica-se a todos os professores colocados em escolas carenciadas, independentemente do grupo de recrutamento a que pertençam”.

“Este incentivo integra uma proposta de Decreto-Lei que prevê, ainda, a realização de um concurso externo extraordinário para o preenchimento de vagas em Quadros de Zona Pedagógica onde se localizam as escolas carenciadas”, precisou o comunicado. “Com este concurso, pretende-se atrair docentes para essas escolas através de um vínculo estável e permanente, assegurando que os alunos matriculados nessas escolas têm professor.”

“A nova proposta do Governo surge na sequência dos contributos recebidos das estruturas sindicais na reunião realizada no dia 29 de agosto. O apoio à deslocação e o concurso externo extraordinário são duas medidas complementares ao Plano +Aulas +Sucesso, visando a redução do número de alunos sem aulas, flagelo que lesa os interesses dos estudantes e da própria escola pública, na medida em que compromete o percurso escolar de milhares de crianças e jovens e prejudica o desenvolvimento do seu potencial”, garantiu o ministério, reforçando que a “educação é um processo contínuo e a interrupção prolongada da aprendizagem provoca danos profundos, pondo em causa o futuro dos jovens, as expetativas das famílias e o investimento do Estado numa Educação geradora de igualdade de oportunidades”.

“As medidas do Governo visam resolver desafios estruturais que, atualmente, prejudicam os alunos. A 21 de outubro, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação iniciará um processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente, para melhorar as condições profissionais dos professores e tornar esta profissão mais atrativa aos jovens, revertendo anos de desvalorização dos docentes e da sua missão”, concluiu.






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