Ministério da Administração Interna retoma hoje negociações com sindicatos da PSP e associações da GNR

O Ministério da Administração Interna (MAI) inicia esta segunda-feira novas negociações com os sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e associações da Guarda Nacional Republicana (GNR). Estas reuniões têm como objetivo discutir tabelas remuneratórias, carreiras, revisão dos suplementos e o modelo de progressão na PSP, através da avaliação.

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, tem agendadas reuniões durante todo o dia. Na semana passada foi recebida a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e a Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) e o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefe da Polícia de Segurança Pública (PSP) apresentarem as suas propostas. Os restantes sindicatos e associações que não assinaram o acordo em julho de 2024 são os que têm reunião marcada com a ministra para o dia de hoje.

Estas reuniões seguem o acordo alcançado em julho de 2024, que prevê um aumento faseado do suplemento de risco em 300 euros até 2026, passando dos atuais 100 para 400 euros. Na altura, o Governo e os principais sindicatos da PSP e associações da GNR chegaram a consenso sobre a necessidade de valorização das forças de segurança.

O presidente da ASPP, Paulo Santos, entregou ao MAI as suas propostas relacionadas com a tabela remuneratória, suplementos e alterações ao estatuto profissional da PSP. Em declarações à Lusa, Santos defendeu uma progressão de índice remuneratório de dois em dois anos, à semelhança do que acontece na GNR.

César Nogueira, presidente da APG, também confirmou à Lusa que a associação entregou a sua proposta de alteração ao estatuto profissional da Guarda e espera seja estabelecido o calendário das negociações.

Espera-se que estas negociações definam o caminho para a implementação das medidas acordadas em julho, com foco na melhoria das condições salariais e de carreira dos profissionais das forças de segurança. A ministra Margarida Blasco terá agora a missão de conciliar as diferentes propostas e avançar com um plano que satisfaça as expectativas das forças de segurança e do Governo.

Estas negociações são vistas como um passo importante na valorização do trabalho desenvolvido pela PSP e GNR, procurando reforçar a motivação e reconhecimento dos profissionais que garantem a segurança pública no país.