Metro de Lisboa sai em defesa da linha circular

O Metropolitano de Lisboa enviou um comunicado às redacções, abordando as principais vantagens da criação do projecto da linha circular.

«A criação de uma linha circular no Metropolitano de Lisboa (ML) é a solução técnico-económica e ambiental mais favorável, permitindo uma maior utilização dos modos ferroviário e fluvial e a redução progressiva da utilização do transporte individual, promovendo a redução substancial de entrada de viaturas em Lisboa», pode ler-se no comunicado enviado pela empresa.

O Metropolitano de Lisboa vem assim esclarecer que  «sempre tornou público os estudos efectuados para a expansão da sua rede, bem como participou, ao longo dos últimos anos, em inúmeros debates e sessões de esclarecimentos públicos sobre essa matéria».

A empresa indica que o plano de expansão da rede do metro que se encontra a vigorar foi previamente aprovado pela Secretária de Estado dos Transportes em 2009, com o título de «Plano de Expansão da Rede do Metropolitano de Lisboa 2010-2020».

Em 2017 foram realizados estudos que, de acordo com o comunicado da empresa, «apontaram como prioritário o prolongamento  da Linha Amarela entre o Rato e o Cais do Sodré, sob a forma de um anel envolvente da zona central da cidade de Lisboa», como sendo a opção em linha circular «economicamente mais viável».

As conclusões dos vários estudos realizados pelo Metropolitano de Lisboa, considerando várias opções, «consubstanciaram os melhores resultados de tráfego para o prolongamento da linha Amarela entre o Rato e o Cais do Sodré, através da opção de uma linha circular». Conforme quadro abaixo

 

  Rato / Cais do Sodré S. Sebastião / Campo de Ourique
Linhas
independentes
Linha circular 3 estações 2 estações
Movimento nas novas estações        
Estrela 3 439 030 3 736 870
Santos 2 209 345 2 594 420
Campolide 2 411 190
Amoreiras 1 861 500 2 354 250
Campo de Ourique 2 586 025 3 594 155
Total 5 648 375 6 331 290 6 858 715 5 948 405
Impactes modo a modo (p. km)        
Metro 38 588 895 47 837 630 37 511 415 31 241 445
Bus -23 522 060 -27 424 640 -12 889 975 -7 304 015
Rail 3 651 095 9 021 340 -4 714 705 -10 128 385
Ferry 935 860 1 322 760 364 635 36 135
Car -17 924 420 -18 755 525 -8 747 590 -4 250 790
Impactes rede ML        
Acréscimo de passageiros (nº.) 5 872 485 8 933 010 4 267 580 3 045 925
Acréscimo de passageiros (%) 3,3% 5,0% 1,8% 2,4%
Acréscimo de p.km (nº.) 38 588 895 47 837 630 37 511 415 31 241 445
(primeiro ano após entrada completa em exploração)    

 

De recordar que o Metropolitano de Lisboa recebeu, em Novembro de 2018, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável ao “Prolongamento entre a Estação Rato e a Estação Cais do Sodré, incluindo as Novas Ligações nos Viadutos do Campo Grande”, criando uma linha circular na cidade de Lisboa.

O Metropolitano de Lisboa enumera ainda algumas vantagens da criação dessa linha circular, baseadas em estudos de viabilidade, são elas o serviço a áreas não cobertas anteriormente pela empresa, o reforço da oferta dos actuais e potenciais utilizadores de Transporte Colectivo, um aumento de passageiros na totalidade da rede do Metro, um aumento da utilização de transportes públicos, a redução do número de viaturas de transporte individual e ainda a redução dos níveis de emissões poluentes.

A implementação do projecto da linha Circular prevê, o acréscimo de procura estimada, para o primeiro ano completo, após entrada em exploração, de 8,9 milhões de passageiros.

A empresa conclui afirmando que « Metropolitano de Lisboa reafirma o seu empenho e esforço no sentido de promover a mobilidade sustentável, constituindo-se como uma solução estruturante para a mobilidade em Lisboa, seguindo os melhores padrões de qualidade, segurança e eficácia económica, social e ambiental, através da aposta em novas formas de fidelização e de captação de novos clientes».