Metro de Lisboa perde metade dos passageiros em 2020. Uma queda «sem precedentes»

A pandemia e as restrições à deslocação reduziram os movimentos dos portugueses. Como consequência, no ano passado, a utilização do metro de Lisboa caiu mais de metade. Em 2020, foram registados 85,6 milhões de validações de títulos de transporte, o que corresponde a menos 88 milhões de passageiros face a 2019. Isto traduz-se numa redução na procura de 50,7%.

“Este decréscimo de passageiros transportados, sem precedentes na história da empresa, teve como causa principal a situação pandémica proveniente da SARS-CoV-2”, indica o metropolitano de Lisboa num comunicado divulgado esta segunda-feira.

A redução do número de passageiros, no ano passado, levou consequentemente a uma quebra de 26% da receita total tarifária, “que foi de 87 milhões de euros, face ao mesmo período de 2019″. No total, o metro de Lisboa obteve uma receita de 117,7 milhões de euros, de acordo com a própria entidade.

O metro de Lisboa registou, também, um decréscimo de 46,5% de clientes com passes. Passou de 127,7 milhões de passageiros, em 2019, para 68,3 milhões, em 2020”. Estes valores justificam a diminuição das receitas nos passes de 37,4% (de 56,2 milhões de euros, em 2019, baixou para 35,2 milhões de euros, em 2020).

A diminuição do número de passageiros e da respetiva receita também se verificou nos clientes com títulos ocasionais. O metro de Lisboa sofreu uma redução de 67% de passageiros face a 2019 (tendo transportado 13,1 milhões de passageiros em 2020 e 39,8 milhões em 2019). Sofreu, por isso, uma diminuição da receita em 65,8% (de 53,5 milhões de euros em 2019 para 18,3 milhões de euros em 2020).